Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Estudos em Saúde Coletiva
Abstract
CNPq (Processo 300460/2005-8)Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.O vírus Oropouche (VORO Bunyaviridae, Orthobunyavirus) é um dos mais importantes arbovírus que infectam humanos na Amazônia Brasileira, sendo o agente causador da febre do Oropouche. Entre os anos de 1961 e 2006, um grande número de epidemias foi registrado em diferentes centros urbanos do estado do Pará (Belém, Santa Isabel, Castanhal, Santarém, Oriximiná, Serra Pelada, zona Bragantina - Igarapé Açu, Maracanã e Magalhães Barata), do Amazonas (Manaus e Barcelos), Acre (Xapuri), Amapá (Mazagão), Maranhão (Porto Franco), Tocantins (Tocantinópolis) e Rondônia (Ariquemes e Oro Preto D'Oeste). Estudos moleculares têm demonstrado a presença de pelo menos três linhagens distintas do VORO na Amazônia Brasileira (genótipos I, II e III), sendo os genótipos I e II os mais frequentemente encontrados em regiões da Amazônia ocidental e oriental, respectivamente. O genótipo III do VORO, previamente encontrado somente no Paraná, foi recentemente descrito na região Sudeste do Brasil. A associação de dados epidemiológicos e moleculares vêm contribuindo substancialmente para a caracterização das cepas do VORO isoladas durante epidemias, no período de pelo menos quatro décadas, bem como permitindo um melhor entendimento a respeito da epidemiologia molecular do VORO no que tange à emergência de novas linhagens genéticas e à dinâmica evolutiva desse arbovírus nas Américas e principalmente na Amazônia Brasileira. Este trabalho tem por objetivo apresentar uma revisão dos aspectos epidemiológicos e moleculares do VORO enfatizando sua distribuição, a dinâmica das epidemias ocorridas entre 1961 e 2006, bem como a dispersão de diferentes genótipos no Brasil.The Oropouche virus (OROV; Bunyaviridae, Orthobunyavirus) is one of the most important
arbovirus that infect humans in the Amazon region causing an arboviral disease
denominated Oropouche fever. Between 1961 and 2006, several outbreaks were reported
in different urban areas of Pará (Belém, Santa Isabel, Castanhal, Santarém, Oriximiná,
Serra Pelada, zone Bragantina – Igarapé Açu, Maracanã e Magalhães Barata),
Amazonas (Manaus e Barcelos), Acre (Xapuri), Amapá (Mazagão), Maranhão (Porto
Franco), Tocantins (Tocantinópolis) and Rondônia (Ariquemes e Oro Preto D’Oeste)
states. Molecular studies recently conducted have demonstrated the circulation of at
least three major OROV lineages in the Amazon region (genotypes I, II and III). The
genotypes I and II are more frequently detected in the western and eastern Amazon,
respectively. The genotype III, previously recognized only in Panama, was recently
described in Southeast region of Brazil. The association of molecular and epidemiological
data has contributed substantially for the genetic characterization of OROV strains
isolated during different outbreaks in the past four decades, as well as providing a
better understanding regarding its molecular epidemiology in terms of emergence of
new lineages and dynamic of evolution of these arboviruses in the Americas mainly in
the Amazon region. This work aims to present a comprehensive review regarding the
epidemiological and molecular aspects of the OROV emphasizing its geographic
distribution, dynamics of the outbreaks occurred between 1961 and 2006, as well as
the genotype dispersion in Brazi