Uso de psicoestimulantes na vida acadêmica: uma revisão integrativa / Use of psychostimulants in academic life: an integrative review

Abstract

Nos dias atuais, os estudantes universitários ou escolares estão lidando diariamente com rotinas cada vez mais extensas e atarefadas. Em tempos de pandemia e impacto da COVID-19, onde a brusca mudança dos métodos de ensino e o afastamento das atividades presenciais tornaram-se necessário, foi notório perceber a acentuada mudança de rendimento dos estudantes devido à adaptação ao período de isolamento. Os psicoestimulantes são substâncias que têm a capacidade de aumentar o estado de alerta e a motivação, além de proporcionar melhoras no humor e no desempenho cognitivo. O objetivo desse trabalho foi analisar a interferência do uso indiscriminado dos psicotrópicos na saúde mental dos estudantes. Trata-se de uma revisão integrativa, com finalidade analítica e objetivo qualitativo. A revisão foi realizada a partir de artigos encontrados na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Literatura Internacional em Ciências da Saúde (PUBMED). Após análise dos artigos observamos que pelo menos metade dos estudantes que participaram das pesquisas iniciaram o uso de drogas psicoestimulantes durante a vida acadêmica, tendo maior relevância nos resultados, estudantes graduandos em medicina. Quando colocamos o olhar na prevalência por áreas, os cursos da área da saúde se destacam em relação às áreas de humanas e exatas. Quanto as drogas consideradas “inteligentes”, foi identificado o uso de Metilfenidato (MPH), Piracetam e Modafinil, sendo o Metilfenidato (popularmente conhecido por Ritalina e utilizado no tratamento do TDAH), a droga principal e mais utilizada. Apesar do uso de Metilfenidato ser bastante efetivo em pessoas com TDAH, o uso desse medicamento em pessoas saudáveis pode gerar efeitos adversos, sendo cefaléia e taquicardia os dois sintomas mais relatados. Portanto, mesmo considerando que os psicoestimulantes podem apresentar alguns efeitos positivos, no entanto, a maioria das evidências estudadas levam a pensar que os efeitos colaterais, de curto e longo prazo, se sobressaem quando comparados às vantagens

    Similar works