O objetivo do presente estudo é caracterizar uma topossequência de solos com gradiente textural abrupto e enquadrá-los no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos

DEMATTÊ, J. L. I.

MAFRA, A. L.

SILVA, E. F. da

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CARACTERIZAÇÃO DE UMA TOPOSEQUÊNCIA DESENVOLVIDA DE ARENITO DAFORMAÇÃO PIRAMBÓIA, PIRACICABA-SP, E TENTATIVA DE ENQUADRAMENTONO SISTEMA BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOSEnio Fraga da SILVA1, Alvaro Luiz MAFRA2, José Luiz Ioriatti DEMATTÊ2. 1 Embrapa Solos, Rua JardimBotânico 1024, Rio de Janeiro-RJ. enio@cnps.embrapa.br. 2- ESALQ/USP.O trabalho trata da caracterização de uma seqüênciade  solos  localizados  na  microbacia  do  Ceveiro,Piracicaba  (SP).  Os  perfis  são  desenvolvidos  dearenitos da Formação Pirambóia. A vegetação é dotipo floresta tropical sub-caducifólia. Estas áreas sãoocupadas  atualmente  com  a  cultura  da  cana-de-açúcar. A região localiza-se na depressão periféricapaulista, tem relevo suave ondulado e ondulado, comcotas  variando  entre  460  e  580m  de  altitude.  Adeclividade predominante nas encostas é de 5 a 10%e  nos  topos  de  2  a  5%.  O  clima  é  mesotérmicoúmido  Sub-tropical  com  inverno  seco,  (Cwa).  Oobjetivo  do  presente  estudo  é  caracterizar  umatopossequência  de  solos  com  gradiente  texturalabrupto  e  enquadrá-los  no  Sistema  Brasileiro  deClassificação de Solos. Os perfis foram descritos nasseguintes posições: P1- topo, P2- meia encosta, e P3-parte  inferior  da  encosta  (figura  1).  Quanto  amorfologia  dos  solos,  a  seqüência  de  horizontesobservada foi  A-E-Bt-CR,  sendo que  os  horizonteseluvial  (E) e textural  (Bt) são mais espessos no P1("solum" muito profundo), reduzindo-se no P2 (poucoprofundo) e bastante estreitos no P3 (raso). Nos perfisestudados,  foi  observado  a  presença  de  lamelas  detextura  franco  argilo  arenosa  no  horizonte  E  (areiafranca),  com  aspecto  e  coloração  semelhantes  aoshorizontes  Bt  subjacentes,  os  quais  são  bruno-amarelados (10YR 5/4)  e apresentam bolsões maisarenosos.  Na base dos perfis 2 e 3 em meia encosta,fica  evidente  o  processo de  alteração da  rocha.  Aparte inalterada é coesa, de cor vermelho (10R 5/6) eformando  volumes  centimétricos  arredondados,circundados por uma camada arenosa de alteração,com coloração cinzento-rosada (5YR 7/2) e aspectodesferrificado  (álbico).  O  material  entremeado  àrocha  é  mais  intemperizado,  com  maior  teor  deargila  e  coloração  bruno-amarelado  (10YR 5/4),semelhante ao horizonte Bt. Foi observado tambémum certo brilho, possivelmente devido à pressão, epodendo indicar a formação de argila “in-situ” peladecomposição da rocha. A aparência que se tem, éque o processo de decomposição da rocha reflete oprocesso de formação dos horizontes E (álbico) e Bt.Quanto  a  granulometria,  os  solos  estudados  sãoarenosos em superfície, com 8 a 12 g kg-1 de argila,passando  para  220  a  280  g kg-1 de  argila  no  Bt,caracterizando  um  gradiente  textural  abrupto.  Osgrãos de quartzo têm brilho vítreo, são mediamentearredondados  e  apresentam  um  espectrogranulométrico  relativamente  semelhante  entre  osdiferentes  perfis  e  em  profundidade,  sugerindouniformidade do material de origem. Quimicamenteos  solos  são  extremamente  ácidos,  pH  em  CaCl2variando  de  3,7  a  3,9  no  Bt,  álicos,  sendo  epi-distróficos (P2 e P3) e epi-eutróficos (P1) pelo uso, eapresentam argila de atividade alta. São classificadoscomo:  P1-  Podzólico  Vermelho  Amarelo  Ta  álicoepi-eutrófico muito profundo textura arenosa/média;P2-  Podzólico  Vermelho  Amarelo  Ta  álico  epi-distrófico  pouco  profundo  textura  arenosa/média;P3-  Podzólico  Vermelho  Amarelo  Ta  álico  epi-distrófico  raso  textura  arenosa/média.  Os  solosforam  enquadrados  no  Sistema  Brasileiro  deClassificação  de  Solos  no  5º nível  categórico(famílias),   como:  P1-  ALISSOLOS  CrômicosArgilúvicos  Abrúpticos  muito  profundos  texturaarenosa/média;  P2-  ALISSOLOS  CrômicosArgilúvicos  Abrúpticos  pouco  profundos  texturaarenosa/média;  P3-  ALISSOLOS  CrômicosArgilúvicos Abrúpticos rasos textura arenosa/média.FIGURA 1- Corte esquemático da topossequência e representação morfológica dos perfis.

Caracterização de uma toposequência desenvolvida de arenito da Formação Pirambóia, Piracicaba-SP, e tentativa de enquadramento no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos.

http://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/336211/1/Caracterizacao-de-uma-toposequencia-desenvolvida-de-arenito-1999.pdf

Caracterização de uma toposequência desenvolvida de arenito da Formação Pirambóia, Piracicaba-SP, e tentativa de enquadramento no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos.

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