Programa de Pós-Graduação em Ciência da Literatura | UFRJ
Abstract
O objetivo desse artigo é examinar de que maneira a reconsideração da comunidade e a teorização do paradigma imunitário a partir de Roberto Esposito e Jean-Luc Nancy podem ser relevantes para analisar as tensões e paradoxos que envolvem a força e a forma do direito. Em que medida a forma jurídica circunscreve ou alimenta forças descomunais que extrapolariam os limites que ela pretende estabelecer? Em que medida a proteção da comunidade, inscrita na forma jurídica, pode vir a colocar em risco a sua própria existência? Mediante uma leitura que justapõe Esposito, Nancy e Derrida acerca do comum, o artigo conclui que o risco do jurídico reside não apenas na incapacidade de a forma jurídica apreender integralmente a força política, como também pode ser amplamente manuseada politicamente tendo em vista a imunização do social, o que paradoxalmente traz consigo consequências letais