Uso do retalho osteocutâneo microcirúrgico de fíbula na reconstrução dos defeitos complexos de mandíbula Use of fibular osteocutaneous flap in microsurgical reconstruction of complex mandibular defects

Abstract

INTRODUÇÃO: O retalho livre osteocutâneo de fíbula é a primeira escolha para reconstrução de defeitos segmentares da mandíbula e tecido mole adjacente, na maioria das situações. OBJETIVO: Este estudo apresenta uma experiência de 4 anos com o uso de retalho osteocutâneo livre de fíbula para reconstrução mandibular. MÉTODO: Foi feita análise de 15 pacientes submetidos à reconstrução microcirúrgica de mandíbula e assoalho oral com retalho osteocutâneo de fíbula. O tempo médio de seguimento pós-operatório foi de 2 anos. Foram estudados classificação histopatológica do tumor primário, localização da porção mandibular ressecada, vasos utilizados para anastomose, retalhos associados, exposição à radioterapia, resultados e complicações. RESULTADOS: O tipo histológico mais comum foi o carcinoma espinocelular (81%), seguido do osteossarcoma (13%). A porção mandibular ressecada com maior frequência foi o arco central, em 81% dos casos, e 87% dos pacientes foram expostos à radioterapia. A reconstrução foi imediata em 81% dos pacientes. Retalhos associados foram usados em 46% dos casos. Complicações imediatas foram observadas em 25% dos pacientes e tardias, em 31%, com taxa de sucesso de 100%. CONCLUSÕES: O retalho osteocutâneo livre de fíbula está indicado na reconstrução de grandes defeitos mandibulares. Sua indicação deve ser individualizada, levando-se em consideração riscos, benefícios e impacto na qualidade de vida do paciente.BACKGROUND: Free fibular osteocutaneous flap is the first choice for segmental mandible and contiguous soft-tissue defect reconstructions in most situations. OBJECTIVE: This study presents a four-year experience with free fibular osteocutaneous flap for mandibular reconstruction. METHODS: An analysis of 15 patients underwent to microsurgical reconstruction of the mandible and oral floor, with a fibular osteocutaneous flap was performed. The mean follow-up after surgery was 2 years. We studied the histopathological classification of primary tumor, location of the resected mandibular portion, vessels used for the anastomosis, associated flap, exposition to radiation, results and complications. RESULTS: The most common histological type was squamous cell carcinoma (81%) followed by osteosarcoma (13%). The mandibular portion resected with greater frequency was the central arc in 81% of patients; 87% of patients were exposed to radiation in the preoperative or postoperative. Reconstruction was immediate in 81% of cases. Pedicled or free flaps associated were used in 46%. Immediate complications were observed in 25% of patients and late complications, in 31%, with a success rate of 100%. CONCLUSIONS: The osteocutaneous free fibula flap is indicated in reconstruction of large mandibular defects, especially of its central portion. The procedure indications must be individualized, taking into account risks and benefits, as well as its impact on quality of life of patients

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