ABSTRACT - Background: Chronic Kidney Disease (CKD) represents a high economic and social
burden, being prevention and early detection the main strategies to decrease its burden.
Thus, CKD knowledge is essential to persuade the population to adopt favourable health
behaviours. This study evaluated the CKD knowledge in a population of non-health
professionals in Portugal and explored its socioeconomics determinants.
Methods: A cross sectional survey was conducted at Portugal, online (n=1303) and by
telephone (n=384) using the CKD knowledge questionnaire, after its transcultural
adaptation. The final sample included 1209 persons. Finally, one-way ANOVA,
independent t-tests and a multivariate linear regression were performed to evaluate the
CKD knowledge score, and, to explore its socioeconomic determinants.
Results: The mean (SD) knowledge score was 14,30 (+ 3,36). Higher scores were found
among women, participants with secondary education level or higher, kidney disease
history, and with CKD familiar history (p<0,001). Individuals with secondary school,
graduated and post graduated had more 0,72 (p=0,02), 1,21 (p<0,001) and 0,71
(p=0,048) points on CKD knowledge than those with elementary school level. Also,
women, respondents with kidney disease history and CCKD familiar history had,
respectively, more 0,71(p=0,002), 1,42 (p<0,001) and 1,34 (p<0,001) CKD knowledge
score points.
Conclusion: CKD Knowledge in Portugal was relatively low; from a score of 24 points,
half of the sample had a knowledge score lower than 14 points. Improving CKD
knowledge of people with education level lower than secondary school may influence its
prevention and early detection, and consequently its global burden.RESUMO - Introdução: A Doença Renal Crónica (DRC) representa uma elevada carga económica
e social, sendo a sua prevenção e deteção precoce as principais estratégias para
diminuir essa carga. Assim, o conhecimento em DRC é essencial para persuadir a
população a adotar comportamentos favoráveis à sua saúde. Este estudo avaliou o
conhecimento em DRC numa população de não profissionais de saúde em Portugal e
explorou os seus determinantes socioeconómicos.
Métodos: Foi realizado um inquérito transversal em Portugal, online (n=1303) e por
telefone (n=384) utilizando o questionário de conhecimento em CKD, após a sua
adaptação transcultural. A amostra final incluiu 1209 pessoas. Por fim, foram realizados
testes one-way ANOVA, testes t independentes e uma regressão linear multivariada
para avaliar a pontuação de conhecimento em DRC e explorar os seus determinantes
socioeconómicos.
Resultados: A pontuação média (DP) de conhecimento em DRC foi de 14,30 (+ 3,36).
Pontuações mais elevadas foram encontradas em mulheres, participantes com ensino
secundário ou níveis mais elevados, com história de doença renal e com história familiar
de DRC (p<0,001). Indivíduos com ensino secundário, superior e pós-graduado tiveram
mais 0,72 (p=0,02), 1,21 (p<0,001) e 0,71 (p=0,048) pontos no conhecimento em DRC
do que aqueles com ensino básico. Além disso, mulheres, indivíduos com história de
doença renal e indivíduos com história familiar de DRC tiveram, respetivamente, mais
0,71(p=0,002), 1,42 (p<0,001) e 1,34 (p<0,001) pontos de conhecimento em DRC.
Conclusão: O conhecimento em DRC em Portugal é relativamente baixo; de uma
pontuação de 24 pontos, metade da amostra teve uma pontuação de conhecimento
inferior a 14 pontos. Melhorar o conhecimento em DRC em pessoas com nível de
escolaridade inferior ao ensino secundário pode influenciar sua prevenção e deteção
precoce e, consequentemente, sua carga global