Este artigo possui como objeto de análise a negação da cisgeneridade em relação a si própria em espaços institucionalizados de produção de conhecimento. A cisgeneridade, institucionalizada tal como a heterossexualidade e a branquitude, é fator central, porém não nomeado, nos estudos sobre gênero e sexualidade. No entanto, ao nomearmos a cisgeneridade, nos deparamos comumente com sua rejeição enquanto conceito. Argumentamos, a partir de nossa experiência como corpos trans na academia, que esta rejeição toma forma de um fenômeno, o qual nomeamos de “ofensa da nomeação”