Este trabalho descreve os principais resultados da vigilância das infeções por VSR em Portugal na época 2022/23.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

Azevedo, Inês

Equipa VigiRSV

Gaio, Vânia

Guiomar, Raquel

Melo, Aryse

Rodrigues, Ana Paula

Portuguese

Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde

Inês AzevedoCentro Hospitalar Universitário de São JoãoFaculdade de Medicina do PortoEm representação da Equipa VigiRSVVigilância do vírus sincicial respiratório em Portugal - VigiRSV17 de Outubro de 2023• Portugal: vigilância do VSR associada à vigilância da gripe desde2010• Em 2021: estabelecida Rede de Vigilância de VSR emserviços de pediatria (VigiRSV), com foco nas criançasinternadas com idade inferior a 24 meses• Dados disponíveis semanalmente (quinta-feira) no site do InstitutoNacional de Saúde através do link:Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Categoria - INSA(min-saude.pt)2Enquadramento VSR: Morbilidade e Mortalidade• >3 milhões de hospitalizações– Das quais 45% em lactentes <6 meses• ~60,000 mortes– 46% das mortes intrahospitalares por VSR em <6 meses3Infeções respiratórias baixas ANUALMENTE emcrianças < 5 anos33MShi T et al. Lancet. 2017;390(10098):946-958 Lancet 2020; 396: 1204–22 . Simoes EA. Lancet. 1999;354(9181):847-852WHO strategy to pilot global respiratory syncytial virus surveillance based on the Global Influenza Surveillance and Response System (GISRS). 2017.Carga da Doença Vírus mais provavelmente associados a pneumonia na criançaVirus respiratórios CAP, n (%) N=715ControleN = 653aORADV 53 (7,4%) 49 (7,2%) 1,42 (0,81-2,49)Human bocavirus 64 (9,0%) 65 (9,6%) 0,95 (0,56-1,61)Human coronavirus 44/576 (7,6%) 60/639 (9,3%) 0,72 (0,42-1,22)Enterovirus 100/713 (14,0%) 155 (23%) 0,34 (0,22-0,53)Virus influenza (A/B) 29 (4,1%) 10 (1,5%) 2,59 (1,02-6,55)hMPV 91 (12,7%) 12 (1,8%) 13,0 (6,17-27,5)V parainfluenza (1-4) 70/695 (10,1%) 73/660 (11,0%) 1,65 (1,04-2,64)H parechovirus A 58/679 (8,5%) 73/663 (11,0%) 0,69 (0,42-1,15)RV 242 (33,8%) 372 (55,3%) 0,83 (0,61-1,13)RSV 241/714 (33,8%) 21 (3,1%) 16,6 (9,81-28,2)Pelo menos 1 610 (85%) 512 (76%) 1,72 (1,26-2,35)1 virus 336 (45%) 288 (39,8%)2 ou mais vírus 274 (38%) 244 (36,2%)4Smyrnaios, et al The Contribution of Viruses and Bacteria to Childhood Community-acquired Pneumonia: 11-Year Observational Study From Norway. PIJD  42(6):p 456-460, 2023Internamentos por BRONQUIOLITE, Portugal 2000-2015, Hospitais Públicos do ContinenteMendes-da-Silva A, Gonçalves-Pinho M, Freitas A, Azevedo I. Trends in hospitalization for acute bronchiolitis in Portugal: 2000-2015. Pulmonology 2019; 25(3):154-1615010002000300040005000600070002000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015< 3 months 3-11 months 12-23 months Total80 491 hospitalizações por BA19.6% dos internamentos < 2 anos39,6% codificados como BA-VSRSubnotificação provávelNanoIdade cronológica é o maior fator de risco para hospitalização!Estudo em base de dados ACSSInternamentos por bronquiolite em Portugal Hospitais Públicos do Continente, 2000-2015 26.3827.3721.8419.4021.53Fig. 2: Regional hospitalizations rate• Taxa de hospitalização (por 1000 crianças do grupo etário): – Global: 22,79 - 30,63 (anos 2000 e 2014)– < 3 meses: 53,18 - 88,11 (anos 2001 e 2013) – Aumento:– 1,6% por ano (global); – 3,8% em crianças < 3 meses• 96,4% dos casos em crianças SEM fatores de risco– Prematuridade não codificada na base de dados!!6Mendes-da-Silva A, Gonçalves-Pinho M, Freitas A, Azevedo I. Trends in hospitalization for acute bronchiolitis in Portugal: 2000-2015. Pulmonology 2019; 25(3):154-161Coinfeções virais em crianças menores de 2 anos hospitalizadas por infeções respiratórias baixas HSM-CHLN: 2012-20157VSR 54,3%RV 36,2%Gil J et al. An Pediatr (Barc). 2018;88(3):127--135Estudo BARI: Burden and Severity of Children’s Hospitalizations byRSV, 2015-2018Bandeira T, Carmo M, Lopes H,…….., Azevedo I. Influenza Other Respir Virus 2022; 1-11.8Picos epidémicos novembro-abril  agravam sobrecarga dos serviços de saúdeMais de 90% dos casos ocorreram em crianças SEM FATORES DE RISCOJuntar as partes, num objetivo comum      Vontade partilhadaMarço de 2021Início do VigiRSV com 4 Hospitais10Figura 1. Distribuição geográfica dos hospitais participantes na rede VigiRSV.20 Hospitais (14 com notificações) Centro Hospita lar Univers i tário São JoãoHospita l  de BragaCentro Hospita lar de Trás  os  Montes  e Alto DouroHospita l  Nossa  Senhora  da  Ol iveira  - GuimarãesCentro Hospita lar de Vi la  Nova de GaiaCentro Hospita lar do PortoCentro Hospita lar e Univers i tário de CoimbraCentro Hospita lar da  Cova da  BeiraCentro Hospita lar de LeiriaCentro Hospita lar de Tondela-ViseuCentro Hospita lar Univers i tário de Lisboa NorteCentro Hospita lar Univers i tário de Lisboa Centra lCentro Hospita lar do OesteCentro Hospita lar de SetúbalHospita l  dos  Lus íadasHospita l  de Vi la  Franca  de XiraHospita l  Garcia  da  OrtaHospita l  do Espíri to SantoCentro Hospita lar do AlgarveHospita l  Doutor Nél io MendonçaEm fase de preparação de protocoloSem notificações na época 2022/23Caracterização da Rede na época 2022/23Idade inferior a 2 anos, internadaUrgência/SO/ InternamentoAmostra Respiratória EtiquetaLaboratório InstituiçãoAnálise deteção de vírus respiratóriosInstituiçãoArquivoEnvio amostrasao INSA(codificadas)RSV - RSV +INSAAnálise, tipagem e agregação de dadosInternamentoQuestionário(codificado)InternamentoConsentimento informado escritoIRAapneia e sépis11População alvoServiço PediatriaServiço Patologia ClínicaINSAMetodologiaMETODOLOGIA12Tabela 1. Data de início de reporte, nº semanas de reporte e média semanal de notificações de RSV, por hospital, na época 2022/23*HospitaisSemana de iníciode reporteNº de semanascom reporteMédia de notificaçõespor semana1 2022/41 27 1,112 2022/40 27 3,263 2022/40 22 3,504 2022/40 26 1,435 2022/40 2 7,006 2022/40 16 3,067 2022/40 16 2,508 2022/40 2 1,009 2022/40 19 1,5810 2022/40 22 2,4111 2022/40 18 4,4412 2022/41 26 2,1613 2022/44 15 4,1314 2022/40 24 1,04* Dados referentes ao período: semana 40/2022 à 20/2023Caracterização da Rede na época 2022/23Hospitais Notificações NotificaçõesRSV +Nº de amostras Recebidas no INSA**1 66 30 222 163 88 683 133 77 674 62 26 165 15 14 96 49 49 137 40 40 378 4 2 09 54 30 2910 79 53 2911 82 80 7912 81 56 3613 65 62 6214 51 25 21Total Geral 944 632 48813Tabela 2. Número de casos reportados e amostras recebidas no INSA por hospital na época 2022/23** Dados referentes ao período: semana 40/2022 à 20/2023; ** com correspondência com as notificações RSV+Caracterização da Rede na época 2022/2314Figura 2. Taxa de incidência semanal de hospitalizações por RSV (por 100.000 habitantes) e número de hospitais quereportaram casos em cada semana, desde a semana 40/2022 até à semana 20/2023Evolução da incidência15Figura 3. Distribuição semanal do número de infeções respiratórias agudas e de infeções por RSV em crianças internadas comidade inferior a 24 meses, entre semana 40/2022 e semana 20/2023632 casos de RSV (67 % do total de casos)80 casos graves* de RSV (13 % dos RSV+)*Casos graves: casos de Internamento em UCI ou necessidade de ventilaçãoRSV: Vírus Sincicial Respiratório; IRA: Infeção Respiratória Aguda.Outras IRACaracterização dos casos de VSR16Figura 4. Distribuição semanal do número de infeções respiratórias por RSV, segundo o subtipo, em criançasinternadas com idade inferior a 24 meses, entre a semana 40/2022 e semana 20/2023.469 amostras subtipadas (96% das amostras recebidas no INSAcom correspondência a notificações RSV+)Caracterização dos casos de VSR: A e B17Caraterização virológicaÁrvores filogenéticas RSV_AON1Caracterização dos casos de VSR18Caraterização virológicaÁrvores filogenéticas RSV_ACaracterização dos casos de VSR19Caraterização virológicaÁrvores filogenéticas RSV_BBA9Caracterização dos casos de VSR20Caraterização virológicaÁrvores filogenéticas RSV_BCaracterização dos casos de VSR21Caracterização dos casos de VSRFigura 5. Distribuição do número de infeções respiratórias por RSV de acordo com o grupo etário, em criançasinternadas com idade inferior a 24 meses, entre a semana 40/2022 e semana 20/2023n= 63222Caracterização dos casos de VSRFigura 6. Distribuição do número de infeções respiratórias por RSV de acordo com gestação pré-termo, baixopeso ao nascer e doença crónica, em crianças internadas com idade inferior a 24 meses, entre a semana40/2022 e semana 20/202391 (14,9%)7(1%) - 2 casos Palivizumab76 (12,4%)-2 casos Palivizumab2 (0,3%)5 (0,8%)3 (0,5%)12 (1,9%)Casos com toma de pelo menos 1 dose de Palivizumab na época;Conclusões  Época muito precoce (Pico: primeira quinzena de novembro) Predominância do RSV B nesta época Caraterísticas dos doentes (idade, doenças crónicas,prematuridade) semelhantes a épocas anteriores Prematuridade e baixo peso como principais fatores derisco Cerca 60 % crianças menores de 3 meses Cerca de 13% necessitaram de cuidadosintensivos/ventilação (número hospitais centrais na rede) Elevada motivação e participação23• Ausência de tratamentos de alta eficácia• Medidas preventivas gerais difíceis de implementar• Palivizumab• 5 doses, época sazonal• em crianças de riscoGroothuis JR, et al. N Engl J Med 1993; 329: 1524-30. IMpact-RSV Study Group. Pediatrics 1998; 102: 531-7 Feltes TF et al.. J Pediatr 2003; 143: 532-40 Zhu Q, et al Sci Transl Med. 2017 May 3;9(388):eaaj1928. Caserta MT et al. Pediatrics. 2023 Jul 1;152(1):e2023061803. Lenglart L, et al. Eur Respir J. 2023 Feb 16;61(2):220117224???• Nirsevimab• pré-época, longa duração• todas as crianças• VacinaçãoImportância de manter vigilânciaVigiRSVEquipa:Sidónia Nunes, José Alves, Ana Cristina Freitas, Miguel Félix, Lucília Araújo, Lurdes Correia, Inês Azevedo, David Rabiço, Joana Nunes, Sara Catarino, Teresa Bandeira, Carolina Constant, Rosário Barreto, Susana Castanhinha, Rita Corte-Real, Teresa Magalhães, Mariana Viegas, Luísa Preto, Diana Silva, Inês Ferreira, Ana Foles, Anaisa Afonso, Joana Cachão, Hugo Teles, Teresa Gouveia, Maria João Peres, Carla Cruz, Francisca Manoel, José Maria Lupi, Carlota Lopes, Carolina Calçada, Davide Gomes, Cláudia Calado,  Maria João Virtuoso, Mariana Reis, Luis Miguel Silva, David Lito, Florbela Cunha, Alexandra Estrada, Joana Carvalho, Filipa Correia, Carlos Alberto Caldas, Eurico Gaspar, Eliana Costa, Liliana Macedo, Beatriz Sousa, Paula Mota, Margarida Freitas, Joana Brandão Silva, Paulo Lopes , Maria Isabel Carvalho, Maria Graça Ferreira, Alberto Caldas Afonso, Manuel Ferreira-Magalhães, Cláudia Santos, Leonor Cardoso, Arminda Jorge, Cristiana Carvalho, Lina Winckler, Maria Zarcos, Mariana Santos, Filipa Silva, José Alves, Jorge Rodrigues, Teresa Nunes, Raquel Guiomar, Ana Paula Rodrigues, Ana Rita Torres, Aryse Melo, Vânia GaioParceiros:Instituto Nacional de Saúde, Sociedade Portuguesa de Pediatria, Hospital Central Funchal, Centro Hospitalar Universitário de Coimbra,Centro Hospitalar Universitário São João, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central,Centro Hospitalar do Oeste, Centro Hospitalar de Setúbal, Hospital Espírito Santo de Évora, Centro Hospitalar e Universitário do Algarve,Hospital de Vila Franca de Xira, Hospital Nossa Senhora da Oliveira, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, Centro Hospitalarde Vila Nova de Gaia/Espinho, Centro Hospitalar Universitário Santo António, Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, CentroHospitalar de Leiria, Centro Hospitalar Tondela-Viseu; Hospital dos Lusíadas25Obrigada pela vossa atenção!

Vigilância do vírus sincicial respiratório em Portugal - VigiRSV

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Vigilância do vírus sincicial respiratório em Portugal - VigiRSV

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