Black Mirror: Cartografias da identidade na era multiscreen

Abstract

Las nuevas tecnologías de la comunicación y la información han dado lugar a un orden global en el que nada parece quedar fuera del tejido-red digitalizado que define a la era multipantalla. En este escenario, la serie televisiva Black Mirror nos interpela como espectadores sobre las radicales transformaciones que la mediación tecnológica ha introducido en la conformación de nuestra identidad como sujetos sociales, desde la percepción del propio yo a las dinámicas sociales de interacción colectiva. Nosedive, el capítulo que da inicio a la que, hasta la fecha, es su última temporada, traza una incisiva cartografía de esas mutaciones, confrontándonos con los límites de un universo digital en el que toda nuestra existencia y nuestra relación con el mundo rinde culto absoluto a lo visual espectacularizado y se construye en una multitud creciente e interconectada de pantallas e interfaces. Así, el cristal negro y quebrado con el que Black Mirror inicia cada uno de sus episodios reclama que situemos nuestra mirada allí donde la luz de esas pantallas muestra su parte de sombra: allí donde, apagadas, se hacen espejo y nos muestran el reflejo en negativo de nuestro propio mundo.New information and communication technologies have given birth to a global order in which nothing seems to fall outside the digitalised tissue-network that is at the core of the multiscreen era. In this framework, the television series Black Mirror questions us, as viewers, about the radical transformations that technological mediation has introduced in the conformation of our identity as social subjects, from the perception of self to the social dynamics of collective interaction. Nosedive, the first chapter of the third and last season of the series to date, draws an incisive cartography of these mutations, facing us with the limits of a digital universe in which our entire existence and our relationship with the world pay absolute tribute to the new spectacle of the visual, and merge with a growing and interconnected multitude of screens and interfaces. Thus, the black, broken glass at the beginning of each episode of Black Mirror calls for our gaze to fall on there where the light of the screens show its shadowy part: there where, switched off, the screens become a mirror and give us back, as a negative, the reflection of our own world.As novas tecnologias da comunicação e informação têm levado a uma ordem global em que nada parece estar fora da rede do tecido digitalizado que define a era multi-screen. Neste cenário, a série de TV Black Mirror desafia-nos como espectadores sobre as transformações radicais que a mediação tecnológica tem introduzido na formação da nossa identidade como sujeitos sociais, desde a percepção da propia pessoa até as dinâmicas sociais de interação coletiva. Nosedive, o capítulo que começa aquela que, até à data, é sua última temporada, desenha uma cartografia incisiva dessas mutações,confrontando-nos com os limites de um universo digital, onde toda a nossa existência e nossa relação com o mundo rende culto ao visual espetacularizado, e é construído em uma multidão crescente e interconectada de ecrans e interfaces. Assim, o vidro preto e quebrado con o qual Black Mirror começa cada um dos seus episódios exige que o nosso olhar incida onde a luz desses ecrans exibe sua parte de sombra: là onde, apagadas, fazemse espelhos e nos mostram o reflexo em negativo do nosso próprio mundo

    Similar works