Análise da atividade antimicrobiana do extrato aquoso do fungo basidiomiceto Macrocybe sp.

Abstract

Orientador: Profa. Dra. Adriana Fiorini RosadoCoorientador: Prof. Dr. Fabio Rogério RosadoMonografia (graduação) - Universidade Federal do Paraná, Setor Palotina, Curso de Graduação em Engenharia de Bioprocessos e BiotecnologiaInclui referênciasResumo : Cogumelos são macrofungos pertencentes ao filo Basidiomycota e representam cerca de 20.000 espécies em todo o mundo. São importantes decompositores da matéria orgânica e apresentam uma ampla variedade de bioprodutos oriundos de seus metabólitos secundários, os quais podem ter diversas aplicações, como a atividade antimicrobiana. Diante da problemática global do aumento de microrganismos resistentes à fármacos sintéticos, estudos acerca de novas substâncias farmacológicas têm sido cada vez mais importantes. Desta forma, o presente trabalho buscou avaliar o potencial antimicrobiano do extrato aquoso do cogumelo Macrocybe sp. frente à microrganismos patogênicos de importância médica. O cogumelo foi coletado na cidade de Toledo-PR e o extrato foi obtido pelo método de sonicação de ponteira, em água destilada, utilizando 2,5 g de basidiomas frescos. A atividade antimicrobiana do extrato foi testada contra as bactérias Bacillus cereus, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli O157:H7, leveduras (Candida albicans e C. tropicalis) e fungos filamentosos (Sporothrix schenckii e Aspergillus fumigatus), pelos métodos de microdiluição em caldo e poço-difusão. Os fungos filamentosos foram ensaiados apenas pelo método de poço-difusão. Para o teste de microdiluição em caldo foi determinada a Concentração Inibitória Mínima (CIM) do extrato, capaz de inibir o crescimento dos microrganismos. Essa atividade foi confirmada pelos testes de CBM e CFM, os quais determinaram, respectivamente, as concentrações bactericida e fungicida mínima. O extrato apresentou pronunciada atividade contra as bactérias K. pneumoniae e S. aureus, e uma menor atividade contra B. cereus e E. coli O157:H7, para ambos os ensaios. Comparando as leveduras, C. tropicalis foi mais sensível ao extrato e não foi possível determinar a CIM para C. albicans. No teste de poço-difusão, não foi possível verificar a presença de halo de inibição para ambas as leveduras. Dentre os fungos, S. schenckii foi mais susceptível ao extrato do que A. fumigatus. Conclui-se que o extrato aquoso de Macrocybe sp. foi capaz de inibir de forma considerável o crescimento de bactérias e fungos, logo, seu potencial biotecnológico deverá ser explorado a fim de haja um melhor entendimento a respeito de sua atividade

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