O conflito trabalho-família (CTF) pode afetar negativamente o desempenho individual dos profissionais de saúde, uma vez que interfere na sua capacidade para equilibrar as exigências laborais com as responsabilidades familiares. No entanto, verifica-se que quando as pessoas possuem elevados níveis de autoeficácia, esperança, otimismo e resiliência tendem a lidar melhor com os desafios e a manter um bom desempenho mesmo perante as adversidades, o que sugere que o capital psicológico positivo (PsyCap) pode ajudar a mitigar o CTF e a melhorar o desempenho individual. Esta investigação centrou-se nesta problemática e visou analisar o papel moderador do PsyCap na relação existente entre o CTF e o desempenho individual. Participaram no estudo 201 profissionais de saúde, cujas idades variam entre os 24 e os 65 anos. O estudo foi operacionalizado a partir de uma metodologia quantitativa, junto de uma amostra de conveniência. Os dados foram recolhidos através da Work-family conflict scale, do Psychological capital questionnaire e do Self-reported individual performance. Os resultados demonstraram que o desempenho individual é negativamente influenciado pelo CTF. Verificou-se, ainda, que existe uma correlação negativa entre o CTF e o desempenho individual, que por sua vez, se encontra positivamente correlacionado com o PsyCap. Também se apurou que apenas o otimismo modera a relação que existe entre o CTF e o desempenho individual, o que indica que o CTF, o PsyCap, a autoeficácia, a esperança e a resiliência, separadamente têm maior peso no desempenho individual do que quando se encontram em interação
