Um ritual epistolar favelado: dos penpals ao despertar de nossas próprias narrativas

Abstract

This article deals with the writing of myself immersed in an epistolary ritual within the favela territory. This handwriting act starts from correspondence exchanged with countless penpals willing to write letters throughout Brazil and the world. The process started around these narratives so that it showed my multiple selves and, from then on, I presented to the readers the place where I lived, what I really was/am and the people I lived with/live with and whom I wrote and lived with. This writing aimed to detach myself from the stereotypes created around the favela populations, especially with regard to the condition of Black women as an epistolary producer through the ages; evidencing the intersection of race, gender and class. Throughtout the article, other authors dialogue with me through their epistles in which we commit ourselves to our time and territory by noting the importance of these family´s or historical documents. Then, I start, from a writing of my subjectivity aiming at writings committed to the collective voice around the world.Este artículo trata de la escritura de un yo inmerso en un ritual epistolar desde dentro del territorio de la favela. Este acto de caligrafía parte de la correspondencia intercambiada con innumerables penpals dispuestos a escribir cartas en todo Brasil y el mundo. El proceso que comenzó en torno a estas narraciones mostró mis múltiples yos y, a partir de entonces, les presenté a esos lectores dónde viví, lo que realmente era/soy y las personas con las que vivía/vivo y con quienes escribí y viví. Este escrito pretendía desvincularme de los estereotipos creados en torno a las poblaciones de las favelas, especialmente en lo que se refiere a la condición de la mujer negra como productora epistolar a través de los tiempos; evidenciando los cruces de raza, género y clase. En el transcurso del artículo, otros autores dialogan conmigo a través de sus epístolas donde nos comprometemos con nuestro espacio-tiempo al señalar la importancia de estos documentos, tanto familiares como históricos. Parto, entonces, de una escritura de mi subjetividad para llegar a escrituras comprometidas con la voz colectiva alrededor del mundo.Este artigo trata da escrita de mim imersa em um ritual epistolar de dentro do território favelado. Tal ato de caligrafar se inicia a partir de correspondências trocadas com inúmeros penpals dispostos a escreverem cartas pelo Brasil e pelo mundo. O processo iniciado em torno destas narrativas evidenciou meus múltiplos eus e, daí em diante, apresentei para tais leitores sobre onde eu vivia, o que eu de fato era/sou e as pessoas com quem convivi/convivo e com quem escrevivi e escrevivo. Esta escrita tinha como objetivo me desafixar dos estereótipos criados em torno das populações de favelas, principalmente no que tange a condição da mulher negra enquanto produtora epistolar através dos tempos; evidenciando os atravessamentos de raça, de gênero e de classe. No decorrer do artigo, outras autoras e autores dialogam comigo através de suas epístolas donde nos comprometemos com nossos espaçostempos ao notabilizar a importância destes documentos, tanto familiares quanto históricos. Parto, então, de uma escrita de minha subjetividade para chegar as escritas comprometidas com a voz coletiva pelo mundo a fora

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