Editora da Universidade do Estado da Bahia - Eduneb
Abstract
This paper’s aim is to report the experience of making a history teaching book based on images, the thematic book “From Maria de Jesus to Maria Quitéria: centenary paths of a portrait”, prepared by the research group Roda de Histórias (UFRB) in 2020-2022. Maria Quitéria became famous for running away from her father's house, disguising herself as a man and volunteering as a combatant in the Reconcavo War in 1822 and 1823. Her prominence led her to be decorated by the Emperor in Rio de Janeiro and, until today, to be considered a heroine of independence, especially in the celebrations in 2022 and 2023. Both in the context of civic celebrations and at school, the uncritical mobilization of Quitéria's portraits is common, which have already become canonical images in Bahia and beyond. Thus, we sought to elaborate material focused on the Quitéria's portraits, especially two main versions: that made by Augustus Earle for Maria Graham's travel diary published in 1824, and that painting by Domenico Failutti for the Museu Paulista in 1920. In the context of digital culture, marked by the proliferation of images as support for fake news and other misinformation, a critical analysis of the image that emphasizes its aspect of representation is important, considered less as a copy of reality than a form of intervention on it, marked through a productive process that involves perspectives, intentions, techniques and choices. The result of this work was a digital PDF book centered on the contexts in which the portrait was created, on the places where it was inserted and on the visualization of the portrait. For this, we mobilized, in addition to the portraits themselves, other images and written texts from that time, as well as excerpts from the most recent academic bibliography. Along with this apparatus, there are also exercizes for students like observation of single images, images comparison, reading texts, writing and drawings.El objetivo de este artículo es relatar la experiencia de producción de un material didáctico sobre la historia a partir de imágenes, el libro temático “De María de Jesús a María Quitéria: caminos centenarios de un retrato”, elaborado en el ámbito del grupo Roda de Histórias (UFRB) entre 2020-2022. María Quitéria se hizo famosa por huir de la casa de su padre, disfrazarse de hombre y ofrecerse como combatiente voluntaria en los conflictos de la Guerra del Reconcavo en 1822 y 1823, cuyo protagonismo la llevó a ser condecorada por el Emperador en Río de Janeiro y, hasta hoy, para ser considerada una heroína de la independencia, especialmente en las celebraciones del segundo centenario en 2022 y 2023. Tanto en el contexto de las celebraciones cívicas como en la escuela, es común la movilización acrítica de los retratos de Quitéria, que ya se convirtieron en imágenes canónicas en Bahía y más allá. Así, buscamos elaborar material centrado en la trayectoria de los retratos de Quitéria, especialmente en dos versiones: la diseñada por Augustus Earle para el diario de viaje de Maria Graham publicado en 1824, y la pintura de Domenico Failutti para el Museu Paulista en 1920. En el contexto de digital marcado por la proliferación de imágenes como soporte de fake news y otros mecanismos de desinformación, consideramos importante un análisis crítico de la imagen que enfatice su aspecto de representación, menos como copia de la realidad y más como forma de intervención sobre ella, marcada a través de un proceso productivo que involucra perspectivas, intenciones, técnicas y elecciones. El resultado fue un libro digital en PDF centrado en los contextos que fue creado, en los lugares donde fue insertado y en la visualización del retrato. Para ello movilizamos, además de los propios retratos, otras imágenes y textos escritos de la época, así como extractos de la bibliografía académica más reciente. Junto con este aparato, también hay actividades para estudiantes que implican ver imágenes individuales, comparar imágenes, leer textos, escribir y producir dibujos.O objetivo deste artigo é refletir sobre a experiência de produção de um material didático de história baseado em imagens, o livro temático “De Maria de Jesus a Maria Quitéria: caminhos centenários de um retrato”, elaborado no âmbito do grupo Roda de Histórias (UFRB) entre 2020-2022. Maria Quitéria se notabilizou por fugir da casa do pai, disfarçar de homem e se voluntariar como combatente nos conflitos da Guerra do Recôncavo em 1822 e 1823, cujo destaque levou-a a ser condecorada pelo Imperador no Rio de Janeiro e, até hoje, ser considerada uma heroína da independência, sobretudo nas comemorações do segundo centenário em 2022 e 2023. Tanto no contexto das comemorações cívicas quanto no escolar é comum a mobilização acrítica dos retratos de Quitéria, que já se tornaram imagens canônicas na Bahia e fora dela. Assim, buscamos elaborar um material centrado na trajetória dos retratos de Quitéria, especialmente duas versões: a feita por Augustus Earle para o diário de viagem de Maria Graham publicado em 1824, e a pintura de Domenico Failutti para o Museu Paulista em 1920. Em um contexto de cultura digital marcado pela proliferação de imagens como suporte de fake news e outros mecanismos de desinformação, consideramos importante uma análise crítica da imagem que ressalte seu aspecto de representação, menos como uma cópia da realidade e mais como uma forma de intervenção sobre ela marcada por um processo produtivo que envolve perspectivas, intencionalidades, técnicas e escolhas. O resultado foi um livro digital em PDF centrado nos contextos de elaboração, nos locais de inserção e na visualização do retrato. Para isso, mobilizamos, além dos próprios retratos, outras imagens e textos escritos da época, bem como trechos de bibliografia acadêmica mais recente sobre o tema. Junto desse aparato, há também atividades para os estudantes que envolve visualização de imagens únicas, comparação entre imagens, leitura de textos, redação e produção de desenhos