International Federation of Medical Students Association of Brazil
Doi
Abstract
Introduction: Ischemic Cerebrovascular Accident (ICVA) is characterized by the occlusion of a blood vessel in the brain with interruption of the oxygen supply, being the most frequent form of stroke, representing 87% of cases. Thus, the aim of the current study is to evaluate the trend of hospitalization (HR) and mortality (MR) rates due to stroke by age group, between 2011 and 2020.
Methodology: This is a analytical, observational and retrospective study. The number of hospitalizations and deaths due to stroke was obtained from the Mortality Information System (SIM) and population data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). HR and MR per 100,000 inhabitants were calculated, as well as their trends by segmented linear regression. Annual percentage changes (APCs) were obtained with 95% confidence intervals (95%CI).
Results: Brazil had 223,210 hospitalizations and 23468 deaths due to stroke in the period. HR and MR were higher according to age in all years. There was a decreasing trend for both HR (APC= -4,5) and MR (APC= -7,9) for the total population. With the exception of the age groups from 1 to 39 years old, the others had decreasing HR. While in MR, only the age group between 1 and 19 years showed a stationary trend.
Discussion: The decrease in HR and MR coincided with the period of implementation of the Hiperdia program whose objective is to link patients with systemic arterial hypertension and diabetes mellitus to health units, guaranteeing them systematic treatment which prevents risk factors modifiable factors of great impact on the occurrence of stroke.
Conclusion: It is extremely important to raise awareness of the population regarding modifiable factors for stroke, as well as the professional improvement of the service team since a shorter time for the approach is essential to avoid worse outcomes.Introdução: O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi) é caracterizado pela oclusão de um vaso sanguíneo do cérebro com interrupção do suprimento de oxigênio, sendo a forma mais frequente de AVC, representando 87% dos casos. Dessa forma, o objetivo do presente estudo é avaliar a tendência das taxas de internação (TI) e mortalidade (TM) por AVCi por faixa etária entre 2011 e 2020.
Métodos: Trata-se de um estudo analítico, observacional e retrospectivo. Obtiveram-se o número de internações e óbitos por AVCi pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e os dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Calcularam-se a TI e TM por 100.000 habitantes, bem como suas tendências pela regressão linear segmentada. Obtiveram-se as variações percentuais anuais (APCs) com intervalos de 95% de confiança (IC95%).
Resultados: O Brasil apresentou 223210 internações e 23468 óbitos por AVCi no período. As TI e TM apresentaram-se maiores conforme a idade em todos os anos. Houve uma tendência decrescente tanto da TI (APC= -4,5) quanto da TM (APC= -7,9) para a população total. Com exceção das faixas etárias de 1 a 39 anos, as demais apresentaram TI decrescentes. Enquanto na TM, apenas a faixa etária entre 1 e 19 anos demonstrou tendência estacionária.
Discussão: O decréscimo da TI e da TM coincidiu com o período de implementação do programa Hiperdia cujo objetivo é vincular os portadores de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus às unidades de saúde, garantindo-lhes tratamento sistemático, o que previne os fatores de riscos modificáveis de grande impacto na ocorrência de AVCi.
Conclusão: É de suma importância a conscientização da população quanto aos fatores modificáveis para AVCi, assim como é necessário o aprimoramento profissional da equipe de atendimento, visto que um menor tempo para a abordagem é essencial para evitar piores desfechos
