Acesso de pacientes com AVC à telessaúde: quais são as principais barreiras e como são explicadas pelo modelo teórico UTAUT? Uma revisão sistemática

Abstract

O acidente vascular cerebral (AVC),como condição crônica de saúde, requer monitoramento.Nesse sentido, a telessaúde surge com o objetivo depossibilitar um melhor acesso aos serviços de saúde.Porém, por estar relacionada ao uso de tecnologia,essa modalidade pode enfrentar novas barreiras.O objetivo desta pesquisa foi identificar, por meio de umarevisão sistemática da literatura, as barreiras percebidaspor pacientes com AVC quanto ao acesso à telessaúdee conceituá-las dentro do modelo da Teoria Unificadade Aceitação e Uso de Tecnologia (UTAUT). A revisãosistemática foi realizada nas seguintes bases de dadoseletrônicas: PubMed, MEDLINE, SciELO, LILACS e PEDro;por meio da combinação dos descritores “barreirasde acesso aos cuidados de saúde”, “telerreabilitação”,“telessaúde”, “acidente vascular cerebral” e “modalidadesde fisioterapia”. Inicialmente, foram encontrados298 artigos, sendo 295 por meio da busca em bases dedados e três por meio de busca ativa, e, destes, apenas seisartigos foram incluídos na revisão. Somados, os artigosrevelaram a percepção de mais de 220 indivíduos quesofreram AVC e oito tipos de barreiras, a maioria delasrelacionadas às dimensões de Expectativa de Esforço eCondições Facilitadoras do modelo UTAUT. As barreirasda dimensão Expectativa de Esforço relacionadas aoconhecimento no uso de tecnologias são passíveis deserem superadas, pois treinamentos podem ser realizadospreviamente ao serviço de telessaúde. No entanto,as barreiras relacionadas à dimensão das CondiçõesFacilitadoras no que se refere a aspectos financeiros,internet e contexto domiciliar são difíceis de superar,podendo, portanto, interferir na aceitação do usuárioquanto ao uso da telessaúde.El accidente cerebrovascular (ACV) como una condiciónde salud requiere de monitoreo. En este contexto, la telesaludemerge como una posibilidad que permite un mejor acceso a losservicios de salud. Sin embargo, dado que esta modalidad estárelacionada con el uso de la tecnología, se pueden surgir nuevasbarreras. El objetivo de esta investigación fue identificar, medianteuna revisión sistemática de la literatura, las barreras percibidaspor los pacientes con ACV con respecto al acceso a la telesaludy conceptualizarlas dentro del modelo de la Teoría Unificada deAceptación y Uso de la Tecnología (UTAUT). La revisión sistemáticase realizó en las siguientes bases de datos electrónicas: PubMed,MEDLINE, SciELO, LILACS y PEDro; a partir de la combinaciónde los descriptores “barreras de acceso a la atención médica”,“telerrehabilitación”, “telesalud”, “accidente cerebrovascular”y “modalidades de fisioterapia”. Inicialmente, se encontraron298 artículos, de los cuales se obtuvieron 295 mediante la búsquedaen la base de datos y tres por la búsqueda activa; de estos, solo seisartículos se incluyeron en la revisión. Los artículos revelaron lapercepción de más de 220 sujetos que sufrieron ACV y ocho tiposde barreras; la mayoría de ellas relacionadas con las dimensionesExpectativa de Esfuerzo y Condiciones Facilitadoras del modeloUTAUT. Las barreras de la dimensión Expectativa de Esfuerzo,relacionadas con el conocimiento en el uso de tecnologías, sepueden superar mediante una capacitación previa antes de utilizarla telesalud. Sin embargo, las barreras asociadas con la dimensiónde las Condiciones Facilitadoras respecto a los aspectos financieros,de Internet y el contexto del hogar son difíciles de superar y,por lo tanto, pueden interferir en la aceptación del uso de latelesalud por parte del usuarioStroke is a chronic health condition thatrequires monitoring. In this sense, telehealth emergesas a tool to enable better access. However, since it isrelated to use of technology, this modality might facenew barriers. Our goal was to identify, with a systematicliterature review, the perceived barriers to telehealthaccess by stroke patients and conceptualize them withinthe Unified Theory of Acceptance and Use of Technology(UTAUT) model. The systematic review was carried out in the following electronic databases: PubMed, MEDLINE, SciELO,LILACS, and PEDro; and the combination of descriptors were:“Barriers to Access to Health Care,” “Telerehabilitation,” “Telehealth,”“Stroke,” and “Physical Therapy Modalities.” The included studiesfocused on telehealth barriers perceived by stroke patients. Initially,298 articles were found, 295 via databases search, and threevia active search; of these, only six articles were included in thisreview. Overall, the articles revealed the perception of more than220 stroke patients, with barriers categorized into eight types,most of them related to the dimensions of Effort Expectancy andFacilitating Conditions of the UTAUT model. The barriers of theEffort Expectation dimension that are related to the knowledge inthe use of technologies are likely to be overcome since training canbe carried out before the telehealth service. However, the barriersrelated to the Facilitating Conditions dimension regarding financialaspects, the internet, and home context are difficult to overcome,possibly interfering with user’s acceptance of telehealth

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