DIFERENCIAÇÃO HEMATOLÓGICA E BIOQUÍMICA DE CÃES INFECTADOS POR LEISHMANIA INFANTUM, BABESIA SPP., DIROFILARIA SPP. E VÍRUS DA CINOMOSE

Abstract

Patógenos virais, protozoários e helmintoícos podem ser transmitidos simultaneamente ao mesmo hospedeiro canino, através de vetores biológicos. A avaliação de parâmetros hematobioquímicos pode fornecer dados acerca da fisiopatologia das coinfecções. Nesse contexto, objetivou-se avaliar o papel da coinfecção natural sobre o perfil hematológico e bioquímico de cães, naturalmente infectados por Leishmania infantum. Para tanto, foram utilizados 31 cães, distribuídos entre grupo controle (Grupo A, n=10) e grupo infectado (Grupo B, n=21), que foi subdividido em cães mono-infectados com L. infantum (Grupo B1, n=14) e co-infectados com L. infantum e Babesia spp., Dirofilaria spp. ou vírus da cinomose canina (Grupo B2, n=7). Amostras de sangue e soro foram analisadas, respectivamente, para avaliação de parâmetros hematológicos e dosagens bioquímicas de AST, ALT, ureia, creatinina e proteína total. Previamente, os animais foram avaliados por métodos sorológicos e parasitológicos, para confirmar as coinfecções. O protocolo experimental foi aprovado pelo CEUA/UECE (4609061/2014). Os resultados foram expressos em média±desvio padrão e foram analisados pelo teste t-Student não-pareado com p≤0,05. Hemácias, hemoglobina, hematócrito, plaquetas, eosinófilos e linfócitos apresentaram valores reduzidos (p≤0,05) nos Grupos B e B2, quando comparados com o Grupo A; enquanto que os teores de AST foram maiores (p≤0,05), na mesma comparação. O valor de ureia foi maior (p≤0,05) no Grupo B e menor no Grupo B2, quando comparado com o Grupo A. Os valores de ALT foram maiores (p≤0,05) no Grupo B1, em relação ao B2. As co-infecções influenciam nos parâmetros hematológicos e os níveis séricos de ALT, AST e ureia são importantes na avaliação bioquímica de cães acometidos por Leishmania infantum, em relação aos animais não infectados. Cães mono-infectados por Leishmania infantum ou co-infectados com Babesia spp., Dirofilaria spp. ou vírus da cinomose canina não diferem entre si, quanto aos parâmetros hematológicos e bioquímicos avaliados na rotina clínica veterinária.Patógenos virais, protozoários e helmintoícos podem ser transmitidos simultaneamente ao mesmo hospedeiro canino, através de vetores biológicos. A avaliação de parâmetros hematobioquímicos pode fornecer dados acerca da fisiopatologia das coinfecções. Nesse contexto, objetivou-se avaliar o papel da coinfecção natural sobre o perfil hematológico e bioquímico de cães, naturalmente infectados por Leishmania infantum. Para tanto, foram utilizados 31 cães, distribuídos entre grupo controle (Grupo A, n=10) e grupo infectado (Grupo B, n=21), que foi subdividido em cães mono-infectados com L. infantum (Grupo B1, n=14) e co-infectados com L. infantum e Babesia spp., Dirofilaria spp. ou vírus da cinomose canina (Grupo B2, n=7). Amostras de sangue e soro foram analisadas, respectivamente, para avaliação de parâmetros hematológicos e dosagens bioquímicas de AST, ALT, ureia, creatinina e proteína total. Previamente, os animais foram avaliados por métodos sorológicos e parasitológicos, para confirmar as coinfecções. O protocolo experimental foi aprovado pelo CEUA/UECE (4609061/2014). Os resultados foram expressos em média±desvio padrão e foram analisados pelo teste t-Student não-pareado com p≤0,05. Hemácias, hemoglobina, hematócrito, plaquetas, eosinófilos e linfócitos apresentaram valores reduzidos (p≤0,05) nos Grupos B e B2, quando comparados com o Grupo A; enquanto que os teores de AST foram maiores (p≤0,05), na mesma comparação. O valor de ureia foi maior (p≤0,05) no Grupo B e menor no Grupo B2, quando comparado com o Grupo A. Os valores de ALT foram maiores (p≤0,05) no Grupo B1, em relação ao B2. As co-infecções influenciam nos parâmetros hematológicos e os níveis séricos de ALT, AST e ureia são importantes na avaliação bioquímica de cães acometidos por Leishmania infantum, em relação aos animais não infectados. Cães mono-infectados por Leishmania infantum ou co-infectados com Babesia spp., Dirofilaria spp. ou vírus da cinomose canina não diferem entre si, quanto aos parâmetros hematológicos e bioquímicos avaliados na rotina clínica veterinária

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