PSICANÁLISE E SURREALISMO: JACQUES LACAN, UM LEITOR DE ANDRÉ BRETON?

Abstract

O artigo problematiza a influência de concepções psicanalíticas – como as de inconsciente e de associação livre – na constituição da experiência surrealista de linguagem, concebendo-a não exatamente como representação mimética dos avatares psicanalíticos, e sim como atividade que inaugura, por meio da transformação de conceitos freudianos, relações especificas entre inconsciente, descentramento do eu e linguagem. No interior dessa perspectiva, argumenta-se que o uso surrealista da linguagem configurar-se-ia frutífero para o campo psicanalítico pós-freudiano, já que supostamente se apresenta, em paralelo à linguística de Saussure e à antropologia estrutural de Lévi-Strauss, como chave mediadora para a reformulação da psicanálise freudiana feita por Lacan no chamado Retorno a Freud

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