PARTILHAS VIRTUAIS, ATOS COMPARTILHADOS:: transposição de acervos de pesquisas e construções coletivas de “pesquisadores nativos”

Abstract

The article reflects on the dynamics of the digital platform of the “Observatório do Patrimônio Cultural do Sudeste”, created with the aim of giving visibility to the processes of patrimonialization and safeguarding of cultural manifestations in the states of Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais and Espírito Santo. Going beyond the "functions" of an ethnographic research data repository, the platform is highlighted as a sociotechnical complex co-built by different, multicentered relationships and memories. Considering the respective component pages of the site “Matrizes do Samba do Rio de Janeiro”, “Pequena África Paulistana” and “Dança do Samba” and the process of their conception and production from the perspective of the protagonism of native-researchers, political-epistemological displacements/transformations are outlined in the practices and representations listed in the field of intangible heritage. From the “heritage gesture” to the so-called “shared act”, it is possible to observe and to participate in a cultural proposal radically linked to democracy and historical reparation.O artigo reflete sobre as dinâmicas da plataforma digital do “Observatório do Patrimônio Cultural do Sudeste”, criada com o intuito de dar visibilidade aos processos de patrimonialização e salvaguarda de manifestações culturais nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.  Ultrapassando as "funções" de um repositório de dados de pesquisas etnográficas, a plataforma é ressaltada como um complexo sociotécnico co-construído por relações e memórias distintas. A partir das respectivas páginas componentes do sítio “Matrizes do Samba do Rio de Janeiro”, “Pequena África Paulistana” e “Dança do Samba”, e do protagonismo de pesquisadores-nativos em suas dinâmicas de confecção, são tratados os deslocamentos/transformações político-epistemológicos nas práticas e representações arroladas no campo do patrimônio imaterial. Do “gesto patrimonial” ao denominado “ato compartilhado”, aponta-se para uma proposta de cultura radicalmente atrelada à democracia e à reparação histórica

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