During the COVID-19 pandemic, Teledentistry (TD) has emerged as a strategy for ensuring the continuity of oral healthcare by providing guidance, health education, monitoring, and oral lesion diagnosis. However, accurately assessing whether these lesions diagnose in teleconsultations in government databases is not precise. In this context, this study analyzed the role of TD through quantitative variations in the diagnosis of Soft Tissue Alterations (STA) in Brazil and its macroregions, intending to discuss its possibilities and limitations. The first dental consultations (FDC) represented the decline in access. FDC and STA data were from the Primary Care Health Information System (SISAB) between January 2019 and December 2021. The analysis utilizes Friedman and Post-Hoc Durbin-Conover tests, with a significance level of 5%. The information was tabulated based on statistically significant percentage differences. As a result, in 2021, median FDC values in Brazil remained low in most regions (-35.73%, p<0.001), but STA returned to 2019 levels (+2.47% in 2021, p=1.0). The median STA in the Southern region was the only one with a non-statistically significant reduction in 2020 (-19.67%, p=0.064) and a statistically significant increase in 2021 (+15.08%, p=0.011). Likely, the expansion of TD usage in Brazil and previous experience with telehealth in the Southern region contributed to the maintenance of STAs diagnosis during the pandemic. TD provides favorable diagnoses in managing STA, with low costs and good acceptance among patients and professionals. However, structural investments in healthcare facilities, digital network provision, technical and humanized training of healthcare teams for teleconsultations, and integrated involvement of Higher Education Institutions in healthcare services are necessary.Durante a pandemia de COVID-19, a Teleodontologia (TO) foi uma estratégia para continuidade da atenção à saúde bucal propiciando orientações, educação em saúde e monitoramentos, além do diagnóstico de lesões orais. Entretanto, aferir se essas lesões foram diagnosticadas em teleconsultas nas bases de dados governamentais não é preciso. Nesse âmbito, o estudo analisou o papel da TO, por meio das variações quantitativas no diagnóstico de Alteração de Tecido Mole (ATeM) no Brasil e suas macrorregiões, com intuito de debater suas possibilidades e limites. Para dimensionar a queda no acesso, as primeiras consultas odontológicas (PCO) foram elencadas. As PCO e ATeM foram coletadas no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), entre janeiro de 2019 e dezembro de 2021. A análise foi realizada pelos testes de Friedman e Post-Hoc Durbin-Conover, com nível de significância de 5%. Para facilitar a interpretação, as informações foram tabuladas pelas diferenças percentuais estatisticamente significantes. Como resultado, em 2021, as medianas das PCO no Brasil permaneceram baixas em grande parte do território (-35,73 %, p<0,001), mas as ATeM voltaram aos níveis de 2019 (+2,47% em 2021, p=1,0). A mediana da ATeM da região Sul foi a única com redução não estatisticamente significante em 2020 (-19,67%, p=0,064) e com aumento significativo em 2021 (+15,08%, p=0,011). É provável que a ampliação do uso da TO no Brasil e a experiência prévia em Telessaúde na região Sul tenham contribuído para a manutenção de diagnóstico das ATeM durante a pandemia. A TO fornece diagnósticos favoráveis no manejo das ATeM, com baixos custos e boa aceitação entre pacientes e profissionais. No entanto, são necessários investimentos estruturais nas unidades de saúde, fornecimento de rede digital, na capacitação técnica e humanizada das equipes de saúde para as teleconsultas e a participação integrada das Instituições de Ensino Superior nos serviços de saúde