Alexandrino, Giulio Bertollo

Brenner, Augusto Mädke

Castro, Shanna Luiza de

Dorfman, Betina Gimeno

Januário, Eric Marques

Londero, Igor

Menegol, Reebeca

Rocha, Neusa Sica da

Scheibe, Victória Machado

Souza, Gianfranco Rizzotto de

Portuguese

Lume 5.8

42a SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE 831  2158 - Sintomas depressivos, resiliência e traços de personalidade durante a pandemia de COVID-19: um estudo longitudinal de um ano com adultos brasileiros.  Victória Machado Scheibe, Gianfranco Rizzotto de Souza, Giulio Bertollo Alexandrino, Reebeca Menegol, Shanna Luiza de Castro, Augusto Mädke Brenner, Betina Gimeno Dorfman, Eric Marques Januario, Igor Londero, Neusa Sica da Rocha  HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL  INTRODUÇÃO: O surgimento da pandemia de COVID-19 produziu alto potencial de risco à saúde mental. A exposição ao risco e o medo de contrair a doença, além da magnitude das mudanças de rotina e a necessidade de adaptação dos comportamentos para evitar a propagação do vírus têm sido amplamente estudados em todo o mundo. Estudos transversais realizados em todo o mundo durante o início da pandemia de Covid-19 demonstraram um aumento acentuado na ocorrência de sintomas depressivos em diferentes populações OBJETIVO: Compreender o papel que características individuais desempenham no desenvolvimento de sintomas depressivos por meio de um estudo longitudinal durante o primeiro ano da pandemia em uma amostra adulta brasileira. MÉTODOS: Estudo naturalístico longitudinal de um ano com a população em geral, a partir de questionários online em três ondas. RESULTADOS: Foram incluídos, de uma amostra inicial de 1.784 participantes, 455 indivíduos neste estudo longitudinal. A maioria dos sujeitos era do sexo feminino (amostra original = 82,1 / amostra longitudinal = 83; p = 0,642), branca (91,6/89,7%; p = 0,236), casada ou com companheiro fixo (62,5/65,6%; p = 0,623), tinha atividade remunerada (67,5/68,6%; p = 0,212) e pós-graduação (54,0/58,4%; p = 0,213). A presença de sujeitos com critérios de episódio depressivo foi de 162 (35,6%) na primeira, e 84 (18,5%) na segunda e na terceira ondas (X2 = 76,050; p = 0,000). Ao analisar os efeitos dos traços de personalidade, de forma independente, todos os traços mostraram ter efeito no desenvolvimento de sintomas depressivos, com Neuroticismo apresentando a maior razão de prevalência PR = 1,696 (X2 = 108,823; df = 1; p = 0,000). Foi encontrado efeito significativo de resiliência em ambos os grupos durante as três ondas (X2 = 38,114; df = 1; p = 0,000) sem efeito de tempo (X2 = 5,923; df = 2; p = 0,052). CONCLUSÃO: O estudo demonstrou que os sintomas depressivos encontrados no início da pandemia de COVID-19 diminuíram em todos os indivíduos durante o ano, e fatores individuais parecem ter desempenhado papel importante. Cada ponto a mais na escala de resiliência representou 7% mais chances de o indivíduo não desenvolver sintomas depressivos, enquanto cada ponto a mais na escala de Neuroticismo aumentou em 69,6% a chance de desenvolver sintomas. 

Sintomas depressivos, resiliência e traços de personalidade durante a pandemia de COVID-19 : um estudo longitudinal de um ano com adultos brasileiros

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Sintomas depressivos, resiliência e traços de personalidade durante a pandemia de COVID-19 : um estudo longitudinal de um ano com adultos brasileiros

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