Carolina Queiroz Andrade

Cibelle Corrêa Belichè Alves

Maria Marta Pereira Scherre

Portuguese

Universidade Estadual Paulista São Paulo (UNESP), Campus de Rio Claro: Portal de Periódicos

212     International Workshop Landscape Representations 2022Paisagens variacionistas dos pronomes de segunda pessoa do singular:  nordeste e centro-oesteCarolina Queiroz Andrade1Cibelle Corrêa Belichè Alves2Maria Marta Pereira Scherre31 Pesquisadora colaboradora do PPGL/UnB. E-mail: carollwith@gmail.com2 Pesquisadora e docente da graduação e pós graduação em Letras e Linguística da UFMA. E-mail: cibelle.beliche@ufma.br3 Professora do Programa de Pós-graduação em Linguística da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) - Brasil; Pesquisadora I-B do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co. E-mail: mscherre@gmail.comA tradição gramatical apresenta os pronomes de segunda pessoa do singular no português de forma distanciada da fala no Brasil. Enquanto a referida tradição aponta o tu com concordância como forma única e menciona o você como forma de tratamento, estudos variacionistas apontam, pelo menos, quatro formas distintas de se referir ao interlocutor, são elas : você, ocê, cê, tu fala, tu falas. Assim, o país apresenta um mosaico quanto ao uso dessas formas, dependendo, naturalmente, da história/ geografi a de cada região. Tais variações foram sintetizadas em Scherre et al (2015) que, com base em diversas pesquisas, desenvolveu um mapa dinâmico projetando seis subsistemas pronominais de segunda pessoa do singular no português brasileiro. Belichè, Andrade e Scherre (2021) abordam esse mapa discutindo quais os signifi cados sociais que decorrem de tais variações, tanto no estado do Maranhão quanto no Distrito Federal. Esta variação  ocorre segundo infl uências clássicas da sociolinguística variacionista, como gênero, faixa etária, classe social, entre outros fatores, compondo diferentes paisagens linguísticas. Com base em princípios sociolinguísticos postulados por Weinheich, Labov e Herzog ([1968] 2008), levantamos dados de uso real da língua em bancos disponíveis das regiões em foco e procedemos às análises obtidas do Goldvarb X (Sankoff , Tagliamonte & Smith, 2005). Chegamos aos seguintes resultados globais:  em São Luís/MA, Alves (2010, 2015) registra 39% de tu em entrevistas geolinguísticas, e 83% de tuem gravações de conversas espontâneas não-ocultas. Já em Brasília/DF, temos registros de tu em 72% em conversas espontâneas ocultas, com falantes de 15-19 anos, quase todos do sexo masculino (LUCCA, 2005); 12% em conversas espontâneas não-ocultas, com falantes de 14-48 anos do sexo masculino e feminino (DIAS, 2007); e de 31% em entrevistas sociolinguísticas motivadas, com falantes de 7-14 anos, de ambos os sexos (ANDRADE, 2015). Para o presente trabalho, focalizaremos a formação histórica das regiões e suas populações a fi m de vislumbrarmos como se desenvolveu tais paisagens linguísticas. Palavras-chave: Variação linguística. Português brasileiro. Pronomes de segunda pessoa do singular. Paisagem Linguística.

Paisagens variacionistas dos pronomes de segunda pessoa do singular: nordeste e centro-oeste

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Paisagens variacionistas dos pronomes de segunda pessoa do singular: nordeste e centro-oeste

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