Patricia Mie Matsuo

Rosana Louro Ferreira Silva

Portuguese

Universidade Estadual Paulista São Paulo (UNESP), Campus de Rio Claro: Portal de Periódicos

Representações da Paisagem - Caderno de Resumos     269Desastres e educação: uma combinação possível?1Patricia Mie Matsuo2Rosana Louro Ferreira Silva31Parte do artigo MATSUO, P. M.; SILVA, R. L. F. Desastres no Brasil? Práticas e abordagens em educação em redução de riscos e desastres. Dossiê Educação Ambiental e a Escola Básica - contextos e práticas. Educar em Revista, Dossiê – Educação Ambiental e a Escola Básica: contextos e práticas, v. 37, e78161, p. 1-23, 2021. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0104-4060.781612 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências na Universidade de São Paulo, Doutorado Sanduíche na Universidade de Coimbra, Portugal. Membro da RISCOS e Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental e Forma-ção de Educadores (GPEAFE). E-mail: pati.matsuo@gmail.com3 Docente do Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental e Formação de Educadores (GPEAFE). E-mail: rosanas@usp.brO verão de 2022 no Brasil foi marcado por inundações e deslizamentos de terra. Nossas sociedades têm o desafi o de enfrentar esses desastres socioambientais simultaneamente com a ocorrência de desastres biológicos, como a pandemia de COVID-19 e os surtos de outras doenças como sarampo, dengue e febre amarela.Partindo de referenciais de Educação Ambiental Crítica e de Sociedade de Risco, o objetivo deste trabalho foi analisar o perfi l das escolas e as abordagens de Educação em Redução de Riscos e Desastres (ERRD) adotadas em 127 práticas inscritas na Campanha #AprenderParaPrevenir (2016-2018). As práticas de ERRD foram desenvolvidas majoritariamente por escolas públicas e de todos os níveis de ensino. A integração deu-se principalmente por meio de projetos e ou em diversas disciplinas, como Geografi a, Ciências, História, Língua Portuguesa e Matemática. Identifi camos uma diversidade de 70 modalidades educativas, como palestras, simulados, saídas de campo e criação de sistemas de alerta.  Optamos por uma representação menos tradicional e mais fl exível. Construímos assim uma mandala de ERRD para caracterizar essas práticas em cinco perspectivas de abordagens didáticas: Expositiva, Comunicativa, Experiencial, Investigativa e Cidadã. A mais trabalhada foi a Experiencial, seguida da Comunicativa. A abordagem Cidadã foi a menos tratada. A adoção dessas dimensões desde as mais convencionais até as mais instigadoras, mostram as possibilidades de tratar temáticas complexas de forma criativa e adaptativa. Mesmo com os retrocessos nas políticas públicas de ERRD, professores(as) estão construindo atividades didáticas e conhecimentos sobre ERRD. Esta temática pode ter despertado nos(as) professores(as), um interesse em mediar atividades mais ativas, marcando seu papel como protagonistas de um 270     International Workshop Landscape Representations 2022processo de mudança social e exercendo sua intelectualidade como sujeitos autônomos(as) e produtores(as) de conhecimentos signifi cativos e conectados com a realidade local.Palavras-chave: Educação Ambiental. Educação em Redução de Riscos e Desastres. Comunidades escolares. Mandala. Sociedade de risco. 

Desastres e educação: uma combinação possível?

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