Sameshima, Dumara Coutinho Tokunaga

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Universidade Estadual Paulista São Paulo (UNESP), Campus de Rio Claro: Portal de Periódicos

ISBN 978-85-89082-23-5  Bolema, Rio Claro – SP, v. 6, n. 7, 1991   Machado, Ozeneide Venâncio de Mello. Ensino de Ciências na escola de 1º grau: visão de ciência veiculada pelos alunos. São Paulo, PUC, dissertação de mestrado na área de Supervisão e Currículo. 1989. Orientador: Prof. Dr. Joel Martins.1  Por Dumara Coutinho Tokunaga Sameshima2   A dissertação de mestrado de Ozeneide Venâncio de Mello Machado divide-se em cinco capítulos mais a introdução. O trabalho se inicia com a autora comentando ligeiramente sua trajetória profissional (que foi mais voltada para o 1º grau), cita a influência exercida sobre os professores de Ciências, na década de setenta, pela supervalorização da experimentação e do método científico, o que provocou um desvinculamento do ensino de Ciências dos problemas vitais do homem. No primeiro capítulo a Profª. Ozeneide faz uma retrospectiva histórica sobre as diversas concepções das visões de ciência e homem-mundo durante as últimas décadas e relata como estas concepções promoveram mudanças e inovações (pelo menos tentaram) no currículo de Ciências. Concluiu que, atualmente, a ciência é produto do contexto econômico, político, social e de movimentos intrínsecos à Ciência; a visão homem-mundo teria uma retomada do processo de democratização, o ensino de 1º e 2º graus visa a formar um, cidadão/trabalhador e através de uma escola renovada chegar a análise das implicações sociais dos desenvolvimentos científico e tecnológico. A visão educacional tem como tendência pedagógica o cognitivismo associado a uma tendência progressista e sugere como metodologia a contextualização política das situações problemáticas. Na “trajetória metodológica” é feita a opção do método a ser adotado neste trabalho; diz que para atingir seu objetivo, ou seja, desocultar a Visão de Ciência articulada no ensino de Ciências, escolheu a pesquisa qualitativa na modalidade fenomenológica. Discorre sobre o que seja fenômeno situado, descrição ou discurso, o                                                      1 Digitalizado por Adriana Richit e Andriceli Richit. 2 Mestranda em Educação Matemática pelo IGCE - UNESP-Rio Claro. ISBN 978-85-89082-23-5  Bolema, Rio Claro – SP, v. 6, n. 7, 1991  pesquisador e a relação de empatia com o discurso do sujeito e os dados constitutivos da pesquisa. No momento da análise, declara que utilizará as análises ideográfica e nomotética, após citar as principais características de cada uma delas. Comenta ainda como serão tratados os dados obtidos a partir da pergunta orientadora - Como você vê o ensino de Ciências? - para 40 alunos da 8ª série da E.E.P.G. Dr. Felício Laurito na grande São Paulo. No terceiro capítulo - A Pesquisa - são relatados os discursos, são feitas as reduções e chega-se às asserções, o que leva à elaboração de uma Matriz Nomotética e finalmente as tabelas. Surgem as categorias abertas nos seguintes aspectos: Visão de Ciência; O ensino de Ciências na existência; O real vivido no ensino de Ciências; Idiossincrasias. Ao fazer a análise dos discursos, o que surge é uma visão de Ciência fundamentalmente embasada na construção do conhecimento. Fica claro que os alunos buscam, no ensino de Ciências, uma possibilidade de compreender-se, através da compreensão de seu corpo e do mundo. Revelam um envolvimento com o conhecimento científico e uma clareza na visão de que o ensino de Ciências aponta para uma concepção de Ciência emersa da História; existencial dialética na relação homem/mundo e na qual a práxis embase a ligação teoria/prática. No último capítulo - Construindo uma visão de Ciência - após uma trajetória caracterizando ciência existencial (teoria/prática sendo superada) O.V.M.M. abre a possibilidade para que uma nova visão de Ciência, realizada na dialética homem/mundo, justifique, pelo menos, uma tentativa de renovação do ensino de Ciências, tal renovação feita não somente em nível de reformas dos processos de ensino, mas, sim, através de novos currículos e nova postura educacional, para que o homem possa compreender melhor a si mesmo e o mundo em que vive. No seu todo, o trabalho de Ozeneide Venâncio de Mello Machado assenta-se sobre os dados obtidos nos discursos dos 40 alunos consultados, na análise dos mesmos e na bibliografia citada. É um trabalho valioso para consulta e reflexão de todos aqueles que trabalham ou pretendem trabalhar com educação. Uma pesquisa muito bem feita e bem relatada, que não pretende nada mais do que conscientizar a todos de que se tem que mudar a ISBN 978-85-89082-23-5  Bolema, Rio Claro – SP, v. 6, n. 7, 1991  Visão de Ciência, visão esta realizada na dialética homem/mundo para a qual contextualiza o ensino de Ciências numa dimensão histórica, política, social e cultural. 

Machado, Ozeneide Venâncio de Mello. Ensino de Ciências na escola de 1º grau: visão de ciência veiculada pelos alunos. São Paulo, PUC, dissertação de mestrado na área de Supervisão e Currículo. 1989. Orientador: Prof. Dr. Joel Martins.

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Machado, Ozeneide Venâncio de Mello. Ensino de Ciências na escola de 1º grau: visão de ciência veiculada pelos alunos. São Paulo, PUC, dissertação de mestrado na área de Supervisão e Currículo. 1989. Orientador: Prof. Dr. Joel Martins.

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