Instituto de Geociências e Ciências Exatas - Campus de Rio Claro - UNESP
Abstract
Este trabalho tem como objetivo avaliar métodos de inferência espacial para modelar a suscetibilidade a movimentos de massa no município de São Sebastião (SP) e testar o efeito da inclusão de variáveis geomorfométricas (curvaturas vertical e horizontal) no
modelo. Foram comparados três métodos de inferência espacial: booleano, bayesiano e fuzzy gama. Estes métodos foram testados com cinco variáveis (geomorfologia, geologia, pedologia, uso da terra e declividade) e, em seguida, com sete variáveis (incluindo as curvaturas vertical e horizontal). O método booleano não permitiu uma classificação detalhada das classes de suscetibilidade para ambos os casos (com cinco e com sete variáveis). O método fuzzy gama apresentou uma maior flexibilidade na identificação de áreas e na geração de cenários para ambos os casos, o que foi possível através da manipulação dos valores do índice gama. A adição das curvaturas no modelo permitiu um melhor desempenho, apresentando resultados mais satisfatórios para o seu refinamento. A inferência bayesiana utilizou efetivamente apenas a variável declividade (no caso de cinco variáveis) e, em uma segunda etapa, as variáveis declividade e curvatura
horizontal (no caso de sete variáveis). Este método não se mostrou satisfatório na discriminação das classes de suscetibilidade aos movimentos de massa.
Palavras-chave: métodos de inferência espacial, análise de risco, sistema de informações geográficas, movimentos de massa, geomorfometria