O objetivo do presente estudo observacional de coorte retrospectivo foi determinar a correlação entre o índice do grau de complexidade inicial (IGC) e os resultados finais dos tratamentos, avaliados através do sistema objetivo de avaliação (SOA), de casos submetidos ao exame de certificação do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO) e, especificamente avaliar quais detalhes mais afetam a complexidade inicial e os resultados finais. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFF sob o parecer n° 3.583.136. Foram avaliados dados provenientes da documentação de 171 os casos submetidos ao exame clínico do BBO nos anos de 2016, 2017 e 2018. A amostra total foi dividida em três grupos de acordo com a faixa de pontuação do IGC: grupo 1 (G1=10≥15), grupo 2 (G2= 15> e ≤20) e grupo 3 (G3= >20). Os testes não paramétricos de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney foram aplicados para verificar as diferenças entre os grupos, e a correlação entre IGC e SOA foi avaliada através do teste de correlação de Spearman. O nível de significância adotado foi de p≤0,05. Sobressaliência, mordida aberta anterior, mordida cruzada posterior lingual e medidas cefalométricas foram as características iniciais da maloclusão que apresentaram correlação positiva moderada com IGC. Alinhamento, inclinação vestíbulo lingual e relação oclusal obtiveram correlação positiva moderada com SOA. Foi verificada correlação positiva fraca entre a complexidade inicial e a qualidade da finalização ortodôntica (r=0,175/p=0,022) de casos submetidos ao exame clínico do BBO.
Palavras-chave: ortodontia, resultado do tratamento, índice50f