Efeito do incremento de 12 horas na duração do protocolo de indução de estro em cabras leiteiras inseminadas artificialmente

Abstract

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de 12 h adicionais de permanência do implante intravaginal no protocolo curto de indução de estro sobre os parâmetros comportamentais, ovarianos e fertilidade em cabras leiteiras inseminadas artificialmente na estação de anestro fisiológico. As cabras receberam implantes intravaginais de acetato de medroxiprogesterona (MAP) contendo 60 mg por 6 (G6) ou 6,5 d (G6,5) e 200 UI de eCG i.m. e 30 μg de d-cloprostenol foram aplicados i.m. às 24 ou 36 h antes da remoção do implantes, respectivamente. No Experimento 1 (n=24), foram registrados dados relacionados ao comportamento sexual e à ultrassonografia ovariana e, no Experimento 2 (n=83), a fertilidade foi avaliada após Inseminação Artificial em Tempo Flexível (IATFx). As variáveis paramétricas foram analisados utilizando-se a ANOVA unidirecional e as variáveis não paramétricas, por meio do teste do qui-quadrado ou exato de Fisher, com P0,05) entre G6 (92%) e G6,5 (100%). O intervalo da remoção do implante ao estro foi menor (P6 mm) foi observado em 54% (13/24) das cabras, sendo 31% (4/13) e 69% (9/13) do G6 e G6,5, respectivamente (P=0,057). Em comparação com as cabras apresentando status folicular “avançado”, os animais com status folicular “jovem” apresentaram maior tempo para o surgimento da onda folicular após remoção da esponja (78,8 ± 4,7 vs. 62,6 ± 3,3 h), intervalo da remoção do dispositivo ao estro (43,8 ± 2,5 vs. 35,9 ± 2,9 h), à ovulação (81,1 ± 4,8 vs. 67,1 ± 3,4 h), além de taxa de crescimento folicular por dia (0,9 ± 0,1 vs. 0,6 ± 0,1 mm/dia) (P0,05). A disfunção lútea (regressão parcial ou total) aumentou progressivamente do dia 3 (100 vs. 100%) para 7 (100 vs. 83%), 10 (100 vs. 75%), 13 (100 vs. 67%), 17 (64 vs. 42%) e 21 (50 vs. 33%) nas cabras do G6 e G6,5, respectivamente. As cabras do G6,5 apresentaram maior sincronia do estro, mas menor taxa de concepção (53 vs. 83%) (P0.05) between G6 (92%) and G6.5 (100%). The interval from device removal to estrus was shorter (P 6 mm) follicular status was observed in 54% (13/24) of goats, being 31% (4/13) and 69% (9/13) from G6 and G6.5, respectively (P=0.057). In comparison with goats presenting “advanced” follicular status, animals with “young” follicle status had longer (P0.05) between groups. Luteal dysfunction (partial or total regression) progressively increased from day 3 (100 vs. 100%) to 7 (100 vs. 83%), 10 (100 vs. 75%), 13 (100 vs. 67%), 17 (64 vs. 42%) and 21 (50 vs. 33%) to G6 and G6.5 treated goats, respectively. The G6.5-goats had greater estrus synchrony, but a lower (P<0.05) conception rate (53 vs. 83%). The association of G6.5 with “advanced” follicular profile affected the ovulatory follicle and/or the formation and maintenance of corpus luteum, resulting in lower fertility. In conclusion, increasing the time of intravaginal device permanence from 6 to 6.5 d resulted in greater estrus synchrony, but lower fertility in dairy goats subjected to estrus induction treatment at the non-breeding season.72 f

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