A investigação sobre as implicações do uso das redes sociais, nos hábitos alimentares é uma área de investigação pertinente. As redes sociais, criadas para promover a discussão e comunicação entre os seus utilizadores, são palcos de discussão e de influência, onde as questões relacionadas com a alimentação não são exceção. Objetivos: Avaliar a influência das redes sociais nos hábitos alimentares. Metodologia: Realizou-se um estudo quantitativo, transversal, analítico, numa amostra não probabilística do tipo bola de neve (snowball sampling), constituída por 201 indivíduos adultos. Para o efeito recolheram-se dados através de um inquérito online, sendo analisados com recurso ao software IBM SPSS statistics, versão 28. Resultados: A maioria dos inquiridos é utilizador de redes sociais há mais de 10 anos (52,7%), com uma utilização diária entre 1 a 4 horas (71,1%). Quanto aos conteúdos mais procurados nas redes sociais, 47,3% refere a procura de “receitas culinárias” e 45,3% informações sobre “alimentação saudável”. 77,1% dos indivíduos seguem conselhos relativos à alimentação dados por quem seguem nas redes sociais, tendo-se verificado associação com a utilização do Instagram (p-value=0,0379). A maioria refere ter experimentado alimentos novos e/ou receitas, partilhadas nas redes sociais (67,1%), 17,4% começou a fazer jejum intermitente, 16,2% reduziu a ingestão de carne e 14,2% excluiu os Hidratos de Carbono da alimentação. A maioria (63,7%), afirma que é influenciado a comprar alimentos pelas campanhas publicitárias de produtos alimentares difundidas nas redes sociais, tendo-se verificado associação com a utilização do Instagram (p-value=0,023), Facebook (p-value=0,005) e do Messenger (p-value=0,044). Conclusões: Constatou-se que existe influência da utilização das redes sociais nos hábitos alimentares, considerando-se pertinente futuras pesquisas sobre o tema.info:eu-repo/semantics/publishedVersio