Neste artigo faz-se a análise de atividades que envolvem a ideia de estimativa em uma coleção de livros didáticos de Matemática do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. O delineamento da pesquisa documental e a técnica da análise de conteúdo permitiram identificar 81 atividades que anunciavam a capacidade de estimar. Após a exploração do material, identificou-se que apenas 36 atividades desenvolviam características vinculadas à habilidade de estimar. As atividades excluídas traziam exercícios de imaginação, arredondamentos, cálculo mental exato e outros, sob o título ou a demanda de estimar, ainda que as características das situações não envolvessem processos cognitivos próprios. Considerando-se o corpus de análise, construíram-se três categorias: (a) atividades incipientes, para aquelas que demonstravam traços iniciais de estimativa; (b) atividades potenciais, para aquelas que podem desenvolver a estimativa dependendo da condução ou do processo de resolução da criança; e (c) atividades funcionais, as quais mostram situações qualificadas. Os dados indicam que os livros didáticos analisados necessitam de maior clareza para o que consideram estimar, bem como de incremento de qualidade nas propostas. Recomenda-se que o professor atente para outros materiais didáticos e situações complementares para o desenvolvimento da habilidade de estimar
