Com a colheita da cana crua, sem o uso da queima, fica depositado ao solo uma grande quantidade de material vegetal, que agrega benefícios ao solo. Em contrapartida, há uma grande demanda pela retirada parcial ou integral dessa palha devido seu grande potencial energético e calorífico, o que pode aumentar significativamente a produção da bioenergia e do etanol de segunda geração. Objetivou-se com este trabalho avaliar a taxa de decomposição da palha de cana de açúcar, a economia gerada pelo retorno dos nutrientes ao solo pela mineralização, e seu potencial de geração de etanol de 2° geração (E2G). O potencial econômico pela produção de etanol foi avaliado pelos dados comparativos de 3 quantidades de palhada deixada sobre o solo no decorrer de uma safra correlacionando com tabelas de mineralização disponíveis na literatura e confrontando com o potencial de produzir E2G. Para este estudo, considerou-se três diferentes cenários para analisar o retorno econômico da manutenção ou retirada da palhada. Para determinação das taxas de decomposição foram utilizadas três diferentes quantidades de palha (10,6, 16 e 32 Mg.ha-1). Observou-se que, em média, a palhada de cana-de-açúcar mantida sobre o solo apresenta taxa de decomposição de 13% da massa seca. Observou-se ainda, que quando mantida, há uma economia em relação a aplicação de fertilizantes para reposição de nutrientes após um ciclo de cultivo. Já quando a palhada é retirada e utilizada para produção de E2G, o retorno econômico pode ser até dezessete vezes maior do que quando deixada sobre o solo