Com este artigo, queremos apresentar as bases para reflexão sobre o papel desempenhado pelas narrativas jornalísticas nos contextos contemporâneos. Particularmente, interessa observar o quanto uma determinada substância psicoativa pode ser enquadrada tanto pelo paradigma médico quanto pelo criminal, a partir da forma como é narrada. Paralelamente, destaca-se o quanto as informações presentes na imprensa guardam relação com o imaginário social brasileiro sobre a doença (ou a ação criminosa), os atores sociais, os territórios, especialmente através da forma como os sentidos em torno do crack vêm sendo oferecidos