Comparação de níveis de experiência na interpretação de exames mielográficos em cães

Abstract

A mielografia é o exame radiográfico contrastado da coluna vertebral mais utilizado pela neurologia veterinária, sendo útil para estabelecer a localização, extensão, padrão e gravidade das compressões medulares, identificando cães e gatos que podem ser beneficiados com a cirurgia descompressiva. Como é um procedimento de extrema relevância na clínica, o presente estudo avaliou se um discente de início da graduação em veterinária conseguiria interpretar as imagens como um professor de radiologia. Para a comparação das experiências, foram selecionados quatro avaliadores, com diferentes níveis de conhecimento, que analisaram as imagens mielográficas de 21 cães (com 31 lesões medulares), provenientes do Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (HCV-UFRGS), de acordo com a localização, padrão e lateralização das compressões. Houve diferença significativa entre a discente de início da graduação e o professor de diagnóstico por imagem com relação à localização da lesão medular. Também houve diferença significativa entre a discente de início de curso e a residente de primeiro ano da área de diagnóstico por imagem com relação ao padrão da lesão. Sendo assim, concluímos que é necessário ter alguns anos de aquisição de conhecimento e prática para interpretar corretamente um exame mielográfico.Myelography is a contrasted radiographic examination of the vertebral column used in veterinary neurology. It is used to establish the location, extent, pattern and severity of spinal cord compression, identifying which dogs and cats may benefit from decompression surgery. As an extremely relevance procedure within clinical veterinary medicine, the present study evaluated whether a freshman student in veterinary medicine college could interpret the images as well as a professor of radiology. To compare experiences, four evaluators with different levels of knowledge were selected and asked to analyze myelography images of 21 dogs (with 31 medullary lesions), identifying the location, pattern and lateralization of the compressions. The images were sourced from the Clinical Veterinary Medicine Hospital of the University of Rio Grande do Sul. The study showed significant difference between the freshman student and the professor of radiology regarding the location of spinal cord injury. There was also significant difference between the freshman student and the first year resident regarding lesion patterns. We thus conclude that it is necessary to garner a few years of knowledge and practice in order to correctly interpret a myelography

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