Albaneze, Ricardo

Bittar, Christina Matzenbacher

Canani, Simone Fagondes

Gazzana, Marcelo Basso

John, Angela Beatriz

Menna Barreto, Sérgio Saldanha

Silva, Denise Rossato

Svartman, Fábio Munhoz

Portuguese

Lume 5.8

S 368J Bras Pneumol. 2006;32(Supl 5):S 217-S 392XXXIII Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia 2006nados na enfermaria de clínica médica do Hospital Guilherme Álvaro quanto aos riscos paraevolução de TEV - Avaliar se os pacientes Risco alto e moderado para TEV estão recebendoalguma medida profilática para tal evento. Métodos: Questionários nos 2 primeiros dias deinternação quanto a estratificação de risco e avaliar se algum método de profilaxia estavasendo utilizado ou não. Resultados: Os pacientes foram analisados no período de Abril àNovembro de 2005 na enfermaria de Clínica Médica do Hospital Guilherme Álvaro, hospitalterciário, do SUS, com atendimento de uma macro região de cerca de 1.200.000 habitantes.Os dados foram coletados no período de Abril à Novembro de 2005 com preenchimentoperiódico de fichas de análise de fatores de risco com verificação nas prescrições se haviamedidas de profilaxia para TVP/TEP. Todos os pacientes eram avaliados na internação ecom 48h após esta. Todos os resultados forma pareados em três grandes grupos que foram:os pacientes com Risco Alto e Moderado sem uso de profilaxia, o mesmo grupo com uso demedidas e um terceiro grupos com baixo risco de TVP/TEP. Em relação à distribuição dosgrupos por sexo não houve diferença, sendo os mesmos homogêneos, com 140 homens e133 mulheres. Já em relação a variável idade, esta apresentou uma grande diferença jáesperada entre os grupos Observamos que os paciente de Alto Risco e Risco Moderado paraTVP/TEP corresponderam a 200 pacientes, sendo 73,3% do total, e neste 102 (51%) pacien-tes não recebiam nenhuma profilaxia. Do total de pacientes analisados, os pacientes deBaixo risco somaram 73 pacientes sendo a parcela de 26,7%. Dentro da análise dos múlti-plos fatores de risco, os pacientes de Alto e Moderado Risco forma analisados, sendo que ogrupo sem profilaxia apresentava maior quantidade de pacientes com mais de um fator derisco com 73 pacientes (72% do total de 102) e o grupo com profilaxia foram 56 pacientes(57% do total de 98). O gráfico abaixo discrimina os principais fatores de risco avaliados. Aidade como fator de risco isolado foi o predominante correspondendo 54% dos pacientesacima de 60 anos. Um número expressivo de pacientes neoplásicos com total de 34%,sendo o restante da distribuição em 20,4% dos pacientes com ICC, imobilidade em 27,4%,AVC com 12% e com mais de um fator de risco somaram-se 47%. Devemos lembrar queestes fatores são os mais importantes, pois foram analisadas umas séries de outros fatores jácitados previamente. Conclusão: Apesar do conhecimento dos fatores de risco, ainda mui-tos pacientes com fatores de risco moderado e alto não usam profilaxia.PO635 RELATO DE CASO: HIPERTENSÃO PULMONAR SEVERA EM PACIEN-TE COM SÍNDROME HUGHES-STOVIN TRATADA COM ILOPROST E SILDENA-FILABohns Meyer GM, Chaves MSS, Spilimbergo FB, Issa F, Pereira JD, Souza FJFBComplexo Santa Casa de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.Palavras-chave: Hipertensão pulmonar; Aneurisma; Trombose venosa profundaIntrodução: A síndrome de Hughes-Stovin constitui-se em uma rara desordem de causadesconhecida caracterizada pela combinação de múltiplos aneurismas nas artérias pulmo-nares associada a trombose venosa profunda. Essa síndrome possue três estágios: o primei-ro envolve a formação de tromboflebites, o segundo consiste na formação de aneurismas, eo terceiro consiste na ruptura destes aneurismas que confere potencialmente maior morbi-dade. Objetivos: Apresentar o caso de uma paciente feminina, 42 anos, branca, com dis-pnéia a mínimo esforços, tosse seca e taquicardia desde 2002. Classe funcional de WHO IV,com síndrome de Hughes-Stovin e hipertensão pulmonar severa (conseqüente a TEP derepetição). História prévia de malformação vascular no membro inferior esquerdo sendosubmetida na infância-adolescência a várias intervenções cirúrgicas. Métodos: Pacienteiniciou acompanhamento com o serviço, sendo solicitados os exames abaixo: Cateterismocardíaco direito com teste de vasorreatividade negativo Dopller dos MsIs: ausência de doen-ça tromboembólica aguda, presença de lesões vasculares que sugerem hemangiomas; Espi-rometria: distúrbio ventilatório obstrutivo leve sem resposta ao broncodilatador, DCO commoderada redução Cintilografia pulmonar Vent/Perf: múltiplos defeitos na difusão segmen-tar e subsegmentar envolvendo ambos os pulmões PE 45% PD 55% e estudo ventilatóriocom alta probabilidade de doença tromboembólica pulmonar. Ecocardiograma: FE 72%,PSAP 121, PMAP 60, diâmetro do VD 43mm Teste da caminhada do 6 min: dessaturaçãoimportante 94% => 75%, caminhou 390 m Angiotomografia de tórax e abdômen: sinaiscompatíveis com HAP severa, com dilatação aneurismática de ramos intra-parenquimatososda artéria pulmonar, áreas de aprisionamento de ar podendo ser decorrentes de bronquioli-te, lesões císticas esplênicas. Resultados: Paciente recebeu inicialmente tratamento comanticoagulante oral, diurético, sildenafila e oxigenioterapia, obteve boa evolução com que-da das pressões pulmonares e melhora da classe funcional WHO de IV para II, mantendo-seassim até outubro de 2003 quando houve piora da classe funcional e das pressões pulmo-nares sendo então associado iloprost inalatório. Conclusão: Paciente apresenta boa evolu-ção com terapia associada (iloprost + sildenafila), atualmente em classe funcional WHO I ediminuição dos parâmetros ecográficos.PO636 PESQUISA DE HIPERTENSÃO PULMONAR ATRAVÉS DE MEDIDAS ECO-CARDIOGRÁFICAS EM PACIENTES COM ANEMIA FALCIFORMEGazzana MB, John AB, Canani SF, Svartman FM, Silva DR, Albaneze R, Bittar CM, MennaBarreto SSHospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.Palavras-chave: Anemia falciforme; Hipertensão pulmonar; EcocardiografiaIntrodução: A hipertensão pulmonar em pacientes com anemia falciforme está diretamenterelacionada à hemólise. Esse fenômeno intravascular leva a uma redução da biodisponibili-dade de óxido nítrico, sendo a arginase plasmática responsável por uma das vias. A detec-ção precoce de hipertensão pulmonar nessa população é importante, uma vez que tal pato-logia está relacionada com menor sobrevida. Objetivos: Descrever os achados ecocardiográ-ficos em uma série de casos de pacientes com anemia falciforme. Métodos: Foram analisa-das retrospectivamente, através de dados do prontuário eletrônico, as principais variáveisecocardiográficas de 16 pacientes com anemia falciforme que foram encaminhados paraavaliação no Ambulatório de Circulação Pulmonar da nossa instituição entre Jan/2005 eJulho/2006. Resultados: Foi realizada avaliação, através de ecocardiografia com Dopplertranstorácica, em 16 pacientes com o diagnóstico de anemia falciforme. Seis homens e dezmulheres, com média de idade (média ± desvio-padrão) de 30,2 + 13,96 anos. Média dodiâmetro VD de 2,14cm. A prevalência de hipertensão pulmonar, definida como PSAP esti-mada > 40mmHg, encontrada em nossa amostra foi de 18,75%. Átrio esquerdo e fração deejeção com médias de 3,66cm e 67,18%, respectivamente. Alterações em ventrículo esquer-do (VE) foram observadas em 6/16 pacientes, sendo déficit de relaxamento em 2 e aumentoda massa de VE em 5 pacientes. As anormalidades valvulares encontradas foram prolapsomitral e insuficiência aórtica leve. Conclusão: A prevalência de hipertensão pulmonar, ava-liada por ecocardiografia, em pacientes com anemia falciforme nessa série de casos foi de18,75%, valor menor do que o encontrado em outras séries. Tal resultado pode dever-se aoreduzido tamanho da amostra e/ou a menor média de idade dos pacientes avaliados.PO637 DISSECÇÃO DE ARTÉRIA PULMONAR EM PACIENTE COM HIPER-TENSÃO ARTERIAL PULMONAR SEVERA - SEGUIMENTO A LONGO PRAZOCOM TRATAMENTO COM BOSENTANA E SILDENAFILABohns Meyer GM, Souza FJFB, Puchalski M, Chaves MSSComplexo Hospitalar Santa Casa, Porto Alegre, RS, Brasil.Palavras-chave: Hipertensão arterial pulmonar; Dissecção da artéria pulmonar; Bosentanae sildenafilaIntrodução: A Hipertensão arterial pulmonar (HAP) é definida como grupo de doençascaracterizado pelo aumento progressivo da resistência vascular pulmonar, levando a falên-cia ventricular direita e morte prematura. A presença de dissecção da artéria pulmonar éuma complicação rara e extremamente grave com alta mortalidade, sendo, na maioria doscasos, o diagnóstico feito pós mortem. Apresentamos o caso de uma paciente feminina,mulata, 48 anos, que foi encaminhada para avaliação em nosso serviço em junho de 2003com histórico de comunicação inter atrial e hipertensão arterial pulmonar severa que piorounos últimos dois meses a tal ponto de estar em classe funcional IV de WHO necessitando15l de O2 por máscara de Venturi para e sem condições de deambular devido ao cansaço.Objetivos: Apresentar a evolução favorável a longo prazo de um caso de dissecção deartéria pulmonar em paciente com HAP severa tratado com bosentana e sildenafila. Méto-dos: Ecocardiograma: ventrículo esquerdo com função sistólica preservada, dilatação decavidades direitas e hipocinesia de VD, hipertensão arterial pulmonar severa, insuficiênciatricúspide severa, insuficiência pulmonar moderada, dilatação aneurismática do troncopul-monar e ramo pulmonar direito. Ectasia de ramo pulmonar esquerdo. Presença lâmina mó-vel na parede do tronco (dissecção). Ausência no presente exame de trombo no interior dotronco pulmonar. Efeito de contraste espontâneo (fluxo lento). Comunicação interatrialostium secundum grande. Angiotomografia de tórax com sinais de hipertensão arterial pul-monar severa e dissecção da artéria pulmonar. Resultados: Paciente optou por tratamentoclínico, tendo-se iniciado a administração de sildenafila à qual obteve-se boa respostaclínica. A paciente passou à classe funcional III e não necessitou mais de oxigenioterapiasuplementar com saturação em ar ambiente de 92%. Tal benefício perdurou por cerca dedoze meses, quando por piora progressiva acrescentamos bosentana ao esquema terapêuti-co, o que fez com que a paciente retorna-se à classe III e tal melhora perdura até o presente.Conclusão: A HAP é uma doença com alta morbimortalidade e, quando acompanhada decomplicações como a dissecção da artéria pulmonar esta é ainda maior. Terapia medica-mentosa como bosentana e sildenafila alteraram favoravelmente o curso da evolução dadoença nesta paciente.PO638 PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE CIRCU-LAÇÃO PULMONAR DO SERVIÇO DE PNEUMOLOGIA DO HOSPITAL DE CLÍ-NICAS DE PORTO ALEGREGazzana MB1, John AB2, El Ammar JS3, Canani SF4, Svartman FM5, Silva DR6, Albaneze R7,Menna Barreto SS81,2,4,5,6,7,8. Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil; 3. FAMED/UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.Palavras-chave: Circulação pulmonar; Cirrose hepática; Hipertensão pulmonarIntrodução: Dentre as patologias que afetam a circulação pulmonar, destacam-se as trom-boembólicas, as hipertensivas, em todas as suas formas, e aquelas que correspondem àmanifestação de doenças sistêmicas na circulação do pulmão. Não apenas o diagnóstico,mas também a instituição e monitorização do tratamento requerem atendimento específi-co. No Serviço de Pneumologia/HCPA, funciona o ambulatório direcionado para o estudodas doenças da circulação pulmonar. Objetivos: Descrever o perfil dos pacientes atendidosno Ambulatório de Circulação Pulmonar do Serviço de Pneumologia/HCPA no ano de 2004.Métodos: Estudo retrospectivo realizado através da revisão dos prontuários dos pacientesatendidos no Ambulatório de Circulação Pulmonar em 2004. Foram coletados dados demo-gráficos e epidemiológicos e informações relevantes no processo de investigação até o esta-belecimento do diagnóstico final. Resultados: Dos pacientes atendidos e com dados dispo-níveis, foram totalizados 68, sendo que 37 (54,4%) eram homens, com média de idade de51,9 anos. Quarenta pacientes (58,8%) foram encaminhados para avaliação pulmonar prétransplante hepático, 16 (23,5%) para investigação da etiologia da hipertensão pulmonar, 6(8,8%) para acompanhamento de anticoagulação, 3 (4,4%) para avaliação de dispnéia e 3(4,4%) por outros motivos. Dentre os pacientes sem cirrose hepática, os principais diagnós-ticos estabelecidos foram: hipertensão pulmonar (17 casos), sendo destes 4 tromboembóli-ca crônica, 3 idiopática, 4 relacionados à colagenose, 2 secundários à cardiopatia, 1 relacio-nado ao HIV, 1 associado a distúrbio do sono e outro a anemia falciforme, sendo queapenas 1 caso não teve a etiologia definida no período avaliado; tromboembolia pulmonar(6 casos); síndrome de Rendu-Osler-Weber (1) e mal formação arteriovenosa (1). Foramregistrados 16 óbitos no período, sendo 14 no grupo de indivíduos com hepatopatia crôni-

Pesquisa de hipertensão pulmonar através de medidas ecocardiográficas em pacientes com anemia falciforme

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