A gérbera (Gerbera spp.) pertence à Família Asteraceae, cuja inflorescência típica é o capítulo. Nessa espécie, os capítulos são formados por flores vistosas, que variam quanto à forma da corola, sexualidade, simetria, fusão de órgãos e pigmentação.
A propagação da gérbera pode ser realizada por sementes. Porém, esse método proporciona uma grande variabilidade devido à segregação genética, provocando a perda de características de interesse comercial. Em decorrência do grande mercado para gérbera, a micropropagação surge como uma técnica eficiente de propagação, por permitir obter um maior número de plantas em um curto espaço de tempo, com um alto padrão genético e fitossanitário. Além disso, possibilita manipular e programar a cultura para o uso racional das estufas, uma vez que a produção independe da estação do ano. Essa técnica também contribui para a redução do número de plantas matrizes necessárias para a produção de novas plantas e facilita o intercâmbio de material entre países. Estudos sobre a micropropagação de gérbera vêm sendo realizados nos últimos anos buscando o estabelecimento de protocolos adequados. Para isto vários meios de cultura e diferentes explantes vêm sendo testados, como ápices (Huang & Chu, 1985), ápices de rizoma (Severin et al., 2000), capítulos jovens e pequenos explantes (Severin et al., 2000), folhas (Jerzy & Lubomski, 1991; Reynoird et al., 1993), inflorescência (Pierik et al., 1973; Preil et al., 1977; Severin et al., 2000) e óvulos (Miyoski & Asakura, 1996; Tosca et al., 1999). Porém, ainda não foram obtidos resultados muito satisfatórios. O trabalho objetivou avaliar a possibilidade de micropropagar gérbera através de capítulos jovens e primórdios de capítulo