Este trabalho teve como objetivo estudar a concentração de fósforo, no período de
verão, na cultura do crisântemo (Salmon Reagan) em função do estádio de  desenvolvimento da planta

Diego Furtoso Correia Assis

Eli Regina Barboza de Souza

Eliana Paula Fernandes

Gisele Lemos Costa

Hudson Bento Azevedo Júnior

Juarez Patrício Oliveira Júnior

Juliana Rodrigues Alves Silva

Rosângela Vera

Wilson Mozena Leandro

Ornamental Horticulture

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1657Concentração de fósforo em crisântemo (Dendrathema grandiflorum T., salmon reagan) no período do verão.    Silva, Juliana Rodrigues Alves1;  Fernandes, Eliana Paula2; Souza, Eli Regina Barboza de2, Vera, Rosângela2; Leandro, Wilson Mozena2; Oliveira Júnior, Juarez Patrício2; Costa, Gisele Lemos1; Azevedo Júnior, Hudson Bento1; Assis, Diego Frutuoso Correia1.  1Graduanda do curso de Agronomia da Universidade Federal de Goiás -Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos (UFG-EA), Campus Samambaia, Caixa Postal 131, CEP 74690-280, Goiânia, Goiás – email: julianarodrigues8@hotmail.com; gi.lemos@hotmail.com;  hudsonazevedo.agro@gmail.com; dfcagro@gmail.com 2Docentes da Universidade Federal de Goiás - Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos, Campus Samambaia, Caixa Postal 131, CEP 74690-280, Goiânia, Goiás, fone (62)3521-1539, emails: elianafernandes@agro.ufg.br, eliregina1@gmail.com, vera@agro.ufg.br; wilson-ufg@bol.com.br; juarez@agro.ufg.br.   INTRODUÇÃO  A produção de flores e de plantas ornamentais é uma atividade em expansão, com potencial de crescimento e de exploração competitiva no mercado brasileiro, em função da biodiversidade existente e da amplitude de climas e solos, que possibilitam cultivos diversificados.  A região Centro-Oeste detém cerca de 8% do consumo no mercado de plantas ornamentais, e não apresenta produção significativa. Suas principais cidades são Goiânia e Brasília, que, além de representarem pólos regionais, são constituídas de um público consumidor altamente qualificado (Castro, 1998).  Entre as plantas cultivadas, o crisântemo ocupa lugar de destaque, principalmente no Extremo Oriente (China e Japão), região de origem. A palavra crisântemo significa “flor dourada”, advinda do grego “chrysos” (ouro) e “änthemon”, (flor), existindo relatos de seu cultivo há mais de 2.000 anos como flor de jardim na Ásia, sendo considerado a flor nacional do Japão, onde é cultivada há séculos (Okuyama & Saito, 1992). O fósforo  atua no  processo de transferência de energia. O seu suprimento adequado, desde o início do desenvolvimento vegetativo, é importante para a formação dos primórdios das partes reprodutivas (Raij, 1991), particularmente nas plantas ornamentais.  Este trabalho teve como objetivo estudar a concentração de  fósforo, no período de verão, na cultura do crisântemo (Salmon Reagan) em função do estádio de desenvolvimento da planta.   MATERIAL E MÉTODOS  O experimento foi desenvolvido no período de verão em condição de ambiente protegido. A propriedade está localizada na Latitude 16º29’20” Sul, Longitude 49º18’39” Oeste Gr, a 823 m de altitude. O clima do local, segundo o Sistema Internacional de Köppen, é classificado como Tropical Chuvoso (Aw) cujas condições climáticas podem afetam a absorção de nutrientes e a exigência nutricional de crisântemos de corte.  Trabalhou-se com a cultura do crisântemo para corte, cultivar Salmon Reagan, que apresenta inflorescência de coloração salmão, do tipo margarida e velocidade de reação (período, avaliado em semanas, necessário entre o início da indução do florescimento até o início da abertura das flores) de 8,0 semanas de dias curtos para florescer.  As estacas apicais enraizadas de D. grandiflorum com 30 dias de idade foram obtidas já tratadas com hormônio (AIB) com concentração de 1500 ppm e transplantadas para canteiros com dimensões de 1,40 m de largura, 3,0 m de comprimento e 0,15 m de altura. O espaçamento entre os canteiros foi de 0,60 m, sendo que a densidade de plantio foi de 80 plântulas.m-2.   Nesses canteiros foram distribuídos 133 g.m-2 de yorim, acrescidos de 150 g.m-2 da 1658formulação 5:25:15  Como fonte de N, P e K foram usados os adubos químicos: uréia, superfosfato simples e cloreto de potássio, respectivamente.   As plantas foram expostas a dias longos com iluminação artificial (23 h até 2 h), intercalado com quinze minutos de luz para cada quinze minutos de escuro. A iluminação artificial foi suspensa quando as plantas atingiam 25 a 30 cm de altura. Em seguida foram aplicados dias curtos (11 horas de luz natural) até o início da abertura dos botões florais.    Foram considerados como tratamentos partes da planta (folha, haste, inflorescência e planta) e estádio fenológico da cultura (45, 60, 75, 90, 105 e 120 dias após o transplantio).  As plantas foram preparadas e separadas em folha, haste e inflorescência e colocadas em estufa (65-70ºC, 48 horas). Os teores de fósforo foram determinados por espectrofotometria, segundo metodologia de Malavolta et al. (1989). O delineamento experimental foi inteiramente causalizado, em arranjo split-plot (parcelas subdivididas no tempo), sendo as partes da planta as parcelas (hastes, folhas e inflorescências) e as sub-parcelas sendo o estádio de desenvolvimento (aos 45, 60, 75, 90, 105 e 120 dias de idade da planta), com quatro repetições. Foram consideradas quatro plantas úteis como parcela.  Realizou-se a análise de variância e teste de Tukey a 5 %. A variável estudada foi concentração de fósforo nas folhas, hastes, inflorescências e planta de crisântemo no período de verão.   RESULTADOS E DISCUSSÃO  Observa-se na Tabela 1 que a planta inteira apresentou a mesma tendência dos órgãos que a constituíram, havendo decréscimo significativo de P, especialmente após 105 dias, apresentando concentrações condizentes com a faixa encontrada (0,15 % a 1,00 %) em muitas culturas ornamentais, de acordo com Jones Júnior et al. (1991).   As reduções nas concentrações de P na planta ocorreram em virtude do efeito de diluição, causado pelo aumento na produção de matéria seca. De modo geral, com o desenvolvimento da planta, a concentração do nutriente decresce.  Observa-se na folha concentração de P de 0,438 dag.kg-1 a 0,630 dag.kg-1 durante o ciclo da cultura. Valor encontrado por Lima & Haag (1989) para o crisântemo foi de         0,22 dag.kg-1 e para áster de 0,43 a 0,74 dag.kg-1. Verifica-se que a haste apresentou concentrações de 0,42 a 0,68 dag.kg-1 ao longo do ciclo da cultura. Já a inflorescência foi o órgão que apresentou a  concentração de P (0,10 a 1,04 dag.kg-1). Desta forma, destaca-se a importância deste elemento no desenvolvimento reprodutivo do crisântemo.  Tabela 1. Concentração média de P nos diferentes órgãos da planta de crisântemo (Dendrathema grandiflorum, Salmon Reagan), em função do estádio fenológico, no inverno e verão. Santo Antônio de Goiás, GO.  Estádio Fenológico (dias) Folha Haste Inflorescência Planta inteira Teste F C.V (%) 45  0,63 Aa 0,68 Aa 0,00 Bb     0,66 Aa 32,33** 23,49 60 0,56 Aabc 0,64 Aa 0,00 Bb 0,58 Aab 87,97** 14,29 75 0,62 Aab 0,58 Aa 0,00 Bb 0,60 Aab 255,55** 8,36 90 0,53 Abc 0,48 Aa 0,00 Bb     0,50 Ab 355,45** 7,10 105 0,47 Bc 0,48 Ba 1,04 Aa 0,55 Bab 174,74** 6,46 120 0,44 Bc 0,42 Ba 0,10 Aa       0,49 Bb 53,12** 12,84 Teste F 9,25** 2,78ns 165,82** 3,93*   C.V. (%) 10,79 20,28 24,07 11,45   1Médias seguidas pela mesma letra maiúscula (entre órgãos), na linha, não diferem estatisticamente entre si, pelo Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade; 2Médias seguidas pela mesma letra 1659minúscula (idade da planta), dentro da coluna, não diferem estatisticamente entre si, pelo Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.   CONCLUSÃO  Os resultados obtidos na presente pesquisa permitem concluir que a concentração de P decresce em função do estádio fenológico da cultura. Ocorre maior demanda de fósforo pela inflorescência de crisântemo aos 105 dias de idade.   REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  CASTRO, C.E.F.; Cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, Campinas, v.4, n.1/2, p.1-46, 1998.  JONES JUNIOR.; BENTON, J.; WOLF, B.; MILLS, H.A. Plant analysis handbook. Georgia: micro-macro publishing, 1991. 213 p.  LIMA, A.M.P.L.; HAAG, P. Absorção de macronutrientes pelo crisântemo (Chrysanthemum morifolium) cultivar Golden Polaris. In: HAAG, H.P.; MINAMI, K.; LIMA, A.M.L.P. nutrição de algumas espécies ornamentais. Campinas: Fundação Cargill, p. 64-102,1989.  MALAVOLTA, E.; VITTI, G.C.; OLIVEIRA, S.A. Avaliação do estado nutricional das plantas: princípios e aplicações. POTAFÒS. Piracicaba, 1989. 201 p.  OKUYAMA, M.H.; SAITO, I. Crisântemo (Chrysanthemum sp.) In: CASTRO, C.E.F.; ANGELIS, B.L.D.; MOURA, L.P.P.; SILVEIRA,R.B.A.; ANGELIS NETO, G.; SATO, N.T. Manual de floricultura. UEM, Maringá, 1992. 279 p.  RAIJ, B. Van. Fertilidade do solo e adubação. Piracicaba: Instituto da Potassa e Fosfato. 1991. 343 p.   PALAVRAS-CHAVES Dendrathema grandiflorum; ornamental; nutrição mineral. 

Concentração de fósforo em crisântemo (Dendrathema grandiflorum T., salmon reagan) no período do verão

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Concentração de fósforo em crisântemo (Dendrathema grandiflorum T., salmon reagan) no período do verão

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