GOPINGER, E.

KRABBE, E. L.

XAVIER, E. G.

Infoteca-e

COMUNICADO TÉCNICO599Concórdia, SCDezembro, 2022Everton Luis KrabbeEdenilse GopingerEduardo Gonçalves XavierValor nutricional do farelo estabilizado parcialmente desengordurado de arroz e sua digestibilidade para suínosISSN 0100-8862Foto: Edenilse Gopinger2Valor nutricional do farelo estabilizado parcialmente desengordurado de arroz e sua digestibilidade para suínos11 Everton Luis Krabbe, Engenheiro Agrônomo, doutor em Zootecnia, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC. Edenilse Gopinger, Zootecnista, doutora em nutricão animal, bolsista de estímulo a inovação da Fundação de apoio a pesquisa e desenvolvimento agropecuário Edmundo Gastal, Concórdia, SC. Eduardo Gonçalves Xavier, Engenheiro Agrônomo, doutor em Animal Sciences, professor da Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS.IntroduçãoO uso de alimentos alternativos na nutrição de não ruminantes aumenta a cada ano, devido à oscilação de preços e disponibilidade dos ingredientes con-vencionalmente utilizados. No entanto, seu emprego depende do reconheci-mento das suas potencialidades e limita-ções, de modo a manter a produtividade e possibilitar a redução dos custos de produção, com reflexos diretos sobre a viabilidade e lucratividade da atividade (Brum Júnior, 2009).Devido à disponibilidade para ali-mentação animal, como produto deriva-do do beneficiamento do grão de arroz contendo germe, pericarpo, película que recobre o grão, pequenos fragmentos de casca e grãos, submetido à extração do óleo por meio de prensa, sem uso de sol-ventes, o farelo de arroz estabilizado e parcialmente desengordurado (FEPDA) apresenta vantagens pela reduzida susceptibilidade à oxidação, como decorrência da redução na quantidade de óleo e, também, do processamento térmico que ocorre na prensa.Considerando a constante busca por novas matérias primas para a ela-boração de dietas de alta qualidade para a produção de suínos, o FEPDA surge como um potencial ingrediente. Entretanto, o conhecimento da compo-sição nutricional de um novo e potencial ingrediente é fundamental. Além disso, é importante conhecer o seu valor ener-gético, tanto do ponto de vista nutricional como econômico, pois a correta formu-lação de dietas para animais vai além do atendimento das necessidades nu-tricionais, incluindo a palatabilidade do alimento (Vasconcellos; Carciofi, 2009). A análise química e a determinação dos coeficientes de digestibilidade dos nutrientes, energia digestível e energia metabolizável são os primeiros itens para determinar o potencial e o valor nutricional do alimento. As espécies animais aproveitam de forma diferen-te os alimentos, sendo essa variação 3quantificada mediante a determinação de seus coeficientes de digestibilidade. A digestibilidade de uma dieta e/ou alimento é definida como a habilidade com que o animal digere e absorve os nutrientes e a energia nela contidos. Dessa forma, a determinação da digesti-bilidade dos nutrientes de um ingredien-te é um dos primeiros passos quando se pretende avaliar seu potencial de uso nas dietas de suínos (Sakomura; Rostagno, 2007).Neste contexto, a determinação do valor energético do FEPDA é fundamen-tal para a sua utilização nas formulações das dietas, visando otimizar o desempe-nho dos animais. Com isso, o presente estudo avaliou a energia digestível e metabolizável do farelo de arroz estabi-lizado e parcialmente desengordurado na dieta de suínos em diferentes idades, avaliando o seu potencial como um novo ingrediente.Os objetivos do presente trabalho estão alinhados ao ODS 2 - Fome Zero e Agricultura Sustentável: acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agri-cultura sustentável; e contribuem para o atingimento da meta 2.a -  aumentar o investimento, inclusive via o reforço da cooperação internacional, em infra-estrutura rural, pesquisa e extensão de serviços agrícolas, desenvolvimento de tecnologia, e os bancos de genes de plantas e animais, para aumentar a ca-pacidade de produção agrícola nos paí-ses em desenvolvimento, em particular nos países menos desenvolvidos.Material e MétodosOs ensaios de metabolismo foram re-alizados na Embrapa Suínos e Aves, em Concórdia - SC. Dois experimentos foram colocados em prática, um com suínos de 15 kg e outro com suínos de 50 kg,para determinação dos coeficientes de digestibilidade do FEPDA nas diferentes idades.O primeiro ensaio utilizou 36 leitões (machos) da linhagem TOP GEN, com peso médio inicial de 15 kg de peso vivo e 50 dias de idade. Os animais foram alocados individualmente em gaiolas de metabolismo, em um delineamento experimental em blocos ao acaso, sen-do os blocos estabelecidos em função do peso inicial. Os suínos foram distri-buídos em dois tratamentos, com 18 repetições cada um, sendo cada animal considerado uma unidade experimental. O segundo ensaio utilizou 24 leitões (machos) da linhagem TOP GEN, com peso médio inicial de 50 kg e 90 dias de idade, alocados individualmente em gaiolas de metabolismo. Foi utilizado o delineamento experimental de blocos ao acaso, sendo os blocos definidos em função do peso inicial. A exemplo do primeiro experimento, os animais foram distribuídos em dois tratamentos, porém com 12 repetições cada um, sendo cada animal considerado uma repetição (uni-dade experimental).Cada experimento teve a duração de 12 dias, sendo sete dias de adaptação dos animais às gaiolas de metabolismo e às dietas e cinco dias de coleta total 4de fezes e urina, conforme Sakomura e Rostagno (2007). Foram utilizadas dietas controle/referência (tratamento 1) conforme Tabelas 1 e 2, à base de mi-lho, farelo de soja, vitaminas, minerais e aminoácidos. Nas dietas teste foram adi-cionados 70% da dieta referência e 30% do FEPDA, sendo que todas atenderam às exigências nutricionais dos suínos, conforme Rostagno et al., (2017).A quantidade de cada dieta fornecida diariamente a cada animal foi calculada com base no peso metabólico (kg0,75). As dietas foram fornecidas duas vezes ao dia (manhã e tarde), sendo umedecidas para evitar perdas e facilitar a ingestão. Para determinar o início e o final do período de coleta de fezes, foi adiciona-do marcador fecal (óxido férrico 1,5%) nas dietas. As coletas de fezes foram realizadas uma vez ao dia, sendo pesa-das, acondicionadas em sacos plásticos identificados e armazenados em freezer. A urina foi recolhida uma vez ao dia, em baldes plásticos, contendo 20 mL de HCl (diluído na proporção 1:1) para evitar fer-mentação e perda de nitrogênio. O volu-me foi completado para 3 L com água destilada, mantendo o volume constante para todos os animais, utilizando-se um funil para reter as impurezas (pêlos e fezes). As amostras foram homoge-neizadas e uma alíquota de 150 mL foi transferida para um frasco de vidro com tampa, sendo armazenado em geladeira (3 °C) para posterior análise (Sakomura; Rostagno, 2007).Tabela 1. Composição nutricional da dieta referência para suínos com 15 kg.Ingrediente %Milho (grão) 55,20Farelo de soja (45% PB) 31,40Açúcar 5,00Núcleo¹ 5,00Óleo de soja 3,30DL-metionina 0,06L-lisina 0,02Total 100Composição nutricionalEMA (kcal/kg) 3.284Proteína bruta (%) 18,16Fósforo disponível (%) 0,111Fósforo total (%) 0,397Cálcio (%) 0,846Arginina digestível (%) 1,170Lisina digestível (%) 1,003Metionina digestível (%) 0,348Metionina+cistina digestível (%) 0,572¹Níveis de garantia por kg:ácido benzoico: 37,40 g; ácido citrico:4100,08 mg; ácido fólico: 16,50 mg; ácido pantotê-nico: 360,80 mg; bacillus licheniformis: 12,8 x 10 E9UFC; bacillus subtilis: 12,80 x 10 E9 UFC; biotina: 2,70 mg; cálcio(max): 165,60g; clorohidroxiquinolina: 2.400 mg; cobre: 4.000 mg; etoxiquim: 200 mg; ferro:1.911,50 mg; fitase:10.000 U; fósforo: 39,53 g; Glucanase: 3.040 U; Iodo: 24 mg; lisina: 43,50 g; manganês: 1197,31 mg; metionina: 30g; niacina: 750 mg; selênio: 7 mg; sódio: 39,40 g; treonina: 21 g; vit. A 239.000 UI; vit. B1 36,08 mg; vit. B12479 mcg; vit. B2102,08 mg; vit. B670 mg; vit. D3 42.000 UI; vit. E 580 UI, vit. K368 mg; xilanase: 24.400 U; zinco: 3.800 mg.5Ao final das coletas, as amostras de fezes foram descongeladas, pesadas, homogeneizadas e secas em estufa com ventilação forçada a 60 ºC por 72 horas, para análises posteriores dos teores de matéria seca (Zenebon, 2008), proteína bruta (Proteína, 2013) e energia bruta em bomba calorimétrica (LECO AC 500). O mesmo foi realizado para as die-tas. Para as amostras de urina, por sua vez, foram analisadas a proteína bruta e energia bruta pelos mesmos métodos citados acima.Uma vez obtidos os resultados das análises laboratoriais das dietas, fezes e urina, foi determinado o coeficiente de digestibilidade da matéria seca (CDMS) e da proteína bruta (CDPB), através da fórmula: CD (%) = [(NC − NEx) /NC] × 100, em que: NC = quantidade do nutriente consumido e NEx = quan-tidade do nutriente excretado, conforme metodologia proposta por Sakomura e Rostagno (2007). Para determinar a energia digestível aparente (ED), a ener-gia metabolizável aparente (EMA) e a energia metabolizável aparente corrigi-da para nitrogênio (EMAn), utilizaram-se as equações propostas por Matterson et al. (1965).Após a determinação dos coeficien-tes de digestibilidade dos nutrientes das dietas, foi determinado o coeficiente de digestibilidade do alimento teste por meio da fórmula: Coeficiente de Digestibilidade (CD), % = CD Referência +((CD dieta- CD referência)/0,3), para todos os nutrientes avaliados.Além disso, foi determinada a com-posição química do FEPDA através das análises de matéria seca (Zenebon, 2008), matéria mineral (Compêndio..., Tabela 2. Composição nutricional da dieta referência para suínos com 50 kg.Ingrediente %Milho (grão) 66,34Farelo de soja (45% PB) 31,12Calcário 0,94Fosfato bicálcico 0,48Sal comum 0,42Óleo de soja 0,20Premixvitamínico¹ 0,10Premix mineral² 0,10Caulin 0,10L-lisina 0,10DL-metionina 0,04Tylan³ 0,02Colistina⁴ 0,02Fitase, 10000FTU 0,01BHT 0,01Total 100,00Composição nutricionalEMA (kcal/kg) 3.239Proteína bruta (%) 19,15Fósforo disponível (%) 0,436Fósforo total (%) 0,686Cálcio (%) 0,759Arginina digestível (%) 1,220Lisina digestível (%) 0,996Metionina digestível (%) 0,304Metionina+cistina digestível (%) 0,590¹Níveis de garantia por kg: Vit. D3:1500000 UI; Vit.E: 15.000; Vit.K3: 1.500 mg; Vit. B1: 1350 mg; Vit. B2: 4.000 mg; Vit. B6: 2.000 mg; Vit.B12: 20.000mg, Ácido panto-tenico: 9.350 mg; Niacina 20 g; Ácido fólico: 600 mg; Selênio: 300 mg, Biotina: 80 mg, Vit. A: 6.000.000 UI.²Níveis de garantia por kg: Zinco: 100 g; Cobre: 10 g, Ferro: 100 g; Manganês: 40 g; Iodo: 1.500 mg; Cobalto: 1.000 mg. ³Antibiótico: tilosina. ⁴Antibiótico: polimixinas.62009), proteína bruta (Proteína..., 2013), extrato etéreo (AMERICAN OIL CHEMISTS’ SOCIETY, 2005), além de cálcio (Ca) e fósforo (P) conforme metodologia de Association of Official Analytical Chemists (1995) e fibra bruta.Resultados e discussãoOs coeficientes de digestibilidade do FEPDA para suínos com 15 kg e 50 kg são apresentados na Tabela 3. Observou-se um coeficiente de diges-tibilidade da matéria seca de 64,9% e 70,3%, e da proteína bruta de 56,5% e 68,5% respectivamente, para os suínos com 15 kg e 50 kg. No entanto, o farelo de arroz integral e o desengordurado apresentam um coeficiente de digesti-bilidade de proteína de 71,4% e 74,3%, respectivamente (Rostagno et al., 2017), demostrando assim a diferença nos co-eficientes de digestibilidade dos diferen-tes tipos de farelo de arroz. A energia digestível do FEPDA foi de 2.994 e 3.063 kcal/kg, para suínos de 15 kg e 50 kg, respectivamente, sendo intermediária aos demais farelos, pois o farelo integral apresenta 3.179 kcal/kg e o desengordurado 2.531 kcal/kg. No entanto, o FEPDA apresentou uma energia metabolizável (2.934 kcal/kg e 2.842 kcal/kg, para suínos de 15 kg e 50 kg, respectivamente, enquanto que o farelo de arroz integral apresenta 3.027 kcal/kg de EMA e o farelo de arroz desengordurado 2.270 kcal/kg de EMA (Rostagno et al., 2017), podendo, assim, ser classificado como um ingrediente intermediário ao farelo de arroz integral e desengordurado.Na Tabela 4, é apresentada a compo-sição nutricional do FEPDA. Observa-se que o FEPDA apresentou 92,3% de ma-téria seca, sendo esta maior do que a do farelo de arroz integral e do desengordu-rado, 89,5% e 89,8%, respectivamente (Rostagno et al., 2017). Da mesma forma, a proteína bruta do FEPDA foi de 17,47%, maior do que a proteína bruta observada no farelo de arroz integral (13,3%) e no desengordurado (15,9%). No entanto, a quantidade de gordura do FEPDA (14,13%) apresenta-se se-melhante à do farelo de arroz integral (14,2%). Entretanto, ele apresenta menosfibra bruta (5,16%), quando comparado com o farelo de arroz integral (7,71%) e desengordurado (10,5%). Já em relação ao cálcio, fósforo e cinzas, o FEPDA apresenta maior quantidade quando Tabela 3. Coeficiente de digestibilidade (CD) de nutrientes e valores de energia do farelo de arroz estabilizado e parcialmente desen-gordurado para leitões com 15 kg e 50 kg.Nutriente¹ Unidade 15 kg 50 kgCD MS % 64,96 70,36CD PB % 56,44 68,50PB digestível² % 9,86 11,96ED kcal/kg 2.994 3.063EMA kcal/kg 2.934 2.842EMAn kcal/kg 2.882 2.782¹Base em matéria natural. ²PB digestível = PB farelo x CD PB/100. MS= matéria seca. PB= Proteína Bruta. ED= Energia digestível. EMA= Energia metabolizável aparente. EMAn= Energia meta-bolizável aparente corrigida para nitrogênio.7Tabela 4. Composição nutricional do farelo de arroz estabilizado e parcialmente desen-gordurado, na matéria natural.Nutriente %Matéria seca 92,33Proteína bruta 17,47Fibra bruta 5,16Gordura 14,3Cálcio 0,17Fósforo 2,79Matéria mineral 11,03comparado com o farelo de arroz inte-gral e farelo de arroz desengordurado, que são 0,12% e 0,12% de Ca; 1,71% e 1,82% de P; e 8,90% e 10,7 % de maté-ria mineral, respectivamente. Em função da sua composição quí-mica, dos valores energéticos e dos   co-eficientes de digestibilidade com suínos nas diferentes idades, o FEPDA pode ser classificado como um ingrediente que apresenta características intermediárias em relação ao farelo de arroz integral e ao farelo de arroz desengordurado.RecomendaçõesO farelo de arroz estabilizado e parcialmente desengordurado pode ser considerado um novo ingrediente para dietas de suínos, apresentando valor de energia digestível de 2.994 kcal/kg e 3.063 kcal/kg, para suínos com peso vivo de 15 kg ou 50 kg, respectivamente. ReferênciasAMERICAN OIL CHEMISTS’ SOCIETY. Official method Am 5-04: rapid determination of oil/fat utilizing high temperature solvent extraction. Urbana,IL: AOCS, 2005.ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS. Official methods of analysis. 16th ed. Washington,DC: AOAC,1995.BRUM JÚNIOR, B.C. Quirera de arroz na dieta de frangos de corte. 2009. 88 f. 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In: CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE NUTRIÇÃO DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO. 1.; SIMPÓSIO SOBRE NUTRIÇÃO DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO, 8., 2009, Campinas. Anais. Campinas: CBNA, 2009.ZENEBON, O.; PASCUET, N. S. (coord.). Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4. ed. Brasília, DF: Agência Nacional de Vigilância Sanitária; São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2005. 1018 p.8Comitê Local de Publicações da Embrapa Suínos e AvesPresidenteFranco Muller MartinsSecretária-ExecutivaTânia Maria Biavatti CelantMembrosClarissa Silveira Luiz Vaz, Cláudia Antunez Arrieche, Gerson Neudi Scheuermann, Jane de Oliveira Peixoto, Rodrigo da Silveira Nicoloso e Sara PimentelSuplentesEstela de Oliveira NunesFernando de Castro TavernariSupervisão editorialTânia Maria Biavatti CelantRevisão técnicaJorge Vitor LudkeTeresinha Marisa BertolRevisão de texto Jean Carlos Porto Vilas Boas SouzaProjeto gráfico da coleçãoCarlos Eduardo Felice BarbeiroEditoração eletrônicaVivian FracassoExemplares desta edição podem ser adquiridos na:Embrapa Suínos e AvesRodovia BR 153 - Km 110Caixa Postal 32189.715-899, Concórdia, SCFone: (49) 3441 0400Fax: (49) 3441 0497www.embrapa.brwww.embrapa.br/fale-conosco/sac1ª ediçãoVersão eletrônica (2022)

Valor nutricional do farelo estabilizado parcialmente desengordurado de arroz e sua digestibilidade para suínos.

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