Relacionamentos amorosos como experiências de ser e de não ser. Uma leitura psicanalítica da função no self do relacionamento amoroso e da repetição

Abstract

A autora pretende demonstrar como os relacionamentos amorosos podem servir funções de estabilidade, regulação e manutenção de um sentimento de coesão do Self, seja mais no nível da estabilidade e da coesão (linha de introjetiva) como referira Blatt, visando impedir a angús- tia de aniquilação ou, por outro, lado possibilitar, em estados mais desenvolvidos do Self (linha anaclitica) (Blatt, S. J.; Blass, R. B.,1992), uma visão mais segura de si (autoestima e sentimento de eficácia) impedindo a angústia de perda do objeto em ambos os casos, possibilitando o sen- timento de ser. A estabilidade da relação amorosa e a satisfação com o seu desenvolvimento estarão diretamente ligadas à possibilidade de autonomização em relação aos objetos internos, à transcendência do self e ao seu desenvolvimento na relação, interligadas a uma maior auto- nomização face aos objetos internos e a uma possibilidade de autorregulação e regulação do meio. Pretende-se demonstrar como em determinadas situações a psicoterapia de casal não pode avançar para o trabalho da relação a dois e para o trabalho da intersubjetividade sem que o sentimento de Self esteja firmado em cada um dos elementos do casal

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