O presente artigo visa apresentar um diálogo entre a educação popular, compreendida enquanto uma pratica pedagógica emancipatória que preza pelo fomento à autonomia dos sujeitos e a experiência do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), destacando nesse contexto, como as políticas públicas educacionais veem assumindo propostas pedagógicas inovadoras e inclusivas para superação do analfabetismo na Bahia, assegurando por meio dessas, a garantia do direito e o acesso à educação dos jovens e adultos do campo. Para tanto, tem-se como foco de investigação o Movimento dos Trabalhadores, Acampados, Assentados e quilombolas da Bahia – CETA e a análise do projeto Pé na Estrada, na conformação de políticas de EJA do Campo para aquela localidade. A investigação adotou a abordagem qualitativa, contendo a estratégia de produção dos dados a partir do estudo de caso contendo a triangulação composta a partir da realização de grupo focal, entrevistas semiestruturadas, análise documental e pesquisa – participante. Os resultados obtidos revelaram os princípios freirianos contidos na metodologia, na relação educando e educador e na contextualização dos conteúdos. Dessa forma, notou-se a real contribuição dessa proposta para os estudos da educação de base popular, para a formação crítica e escolarização de jovens e adultos do campo, possibilitando o reconhecimentodesse espaço como um divisor de aguas na construção coletiva emancipatória das práticas educativas contemporâneas
