Documentos apresentados no âmbito do reconhecimento de graus e diplomas estrangeirosAs interações entre albumina sérica humana (ASH) com 18-FP, BZL, MTZ e MZ e
entre albumina sérica bovina (ASB) com t-DCTN, PF, LF-B, PIA e α-lap foram estudadas por
técnicas espectroscópicas (absorção molecular no UV-Vis, dicroísmo circular, emissão de
fluorescência no estado estacionário e com resolução temporal) sobre condições fisiológicas.
Cálculos teóricos por ancoramento molecular (do inglês molecular docking) foram executados
para complementação dos dados experimentais e dessa forma obter resultados mais precisos.
Os resultados obtidos para as constantes de velocidade de supressão de fluorescência das
albuminas (kq) são maiores do que a velocidade de difusão em água (kdiff ≈ 5,00x109 L/mols),
indicando que há formação de um complexo no estado fundamental entre as albuminas com
as moléculas biologicamente ativas (para amostra PIA tal dado foi confirmado com a
fluorescência resolvida no tempo). Para as amostras t-DCTN e LF-B além do mecanismo
estático foi observado à presença do mecanismo dinâmico e já para as amostras PF e PIA o
cálculo de Förster mostra alta probabilidade de ocorrência de transferência de energia entre o
fluoróforo e os supressores. Os valores termodinâmicos de energia livre de Gibbs, calculados
para todas as amostras estão de acordo com a espontaneidade da associação. Parâmetros
termodinâmicos de ΔH° e ΔS° forneceram indícios das principais interações intermoleculares
na associação. As amostras 18-FP, t-DCTN, LF-B, PIA, α-lap, BZL e MTZ associam com a
albumina via ligação de hidrogênio e interações hidrofóbicas e já PF e MZ por ligação de
hidrogênio e interações eletrostáticas. O número de sítios de ligação para todas as amostras
indicam que há apenas uma principal cavidade da proteína para a associação das moléculas
estudadas, sendo que essa associação é moderada para 18-FP, PF e LF-B, fraca para t-DCTN
e forte para PIA, α-lap, BZL, MTZ e MZ. Estudos de dicroísmo circular demonstram que não
há perturbações significativas na estrutura secundária da albumina com a associação. Cálculos
teóricos via ancoramento molecular estão em total acordo com os resultados espectroscópicos.The interactions between human serum albumin (HSA) with 18-PF, BZL, MTZ and
MZ and between bovine serum albumin (BSA) with t-DCTN, PF, LF-B, PIA and α-lap were
studied by spectroscopic techniques (molecular absorption in the UV-Vis region, circular
dichroism, emission fluorescence in the steady state and temporal resolution) under
physiological conditions. Theoretical calculations by molecular docking were performed to
complement the experimental data and thus offer accurate to the results. The results obtained
for the fluorescence quenching rate constant (kq) is greater than the diffusion rate constant in
water (kdiff ≈ 5,00x109 L/mol), indicating that there is formation of complex between albumin
and biologically active molecules in the ground state (for the sample PIA we confirmed this
data with time resolved fluorescence experiments). For t-DCTN and LF-B beyond the static
mechanism it was observed the presence of dynamic fluorescence quenching mechanism.
Finally, for PF and PIA Förster theory shows that the energy transfer between the fluorophore
and the quenchers can occurs with high probability. The thermodynamic values for Gibbs’
free energy are in accordance with the spontaneity of the association, for all the samples.
Thermodynamic parameters ΔH° and ΔS° provided evidence of the main intermolecular
interactions in the association. The samples 18-FP, t-DCTN, LF-B, PIA, α-lap, BZL and MTZ
interact with albumin by hydrogen bonding and hydrophobic interactions. On the other hand,
PF and MZ interact by hydrogen bonding and electrostatic forces. The number of binding
sites shows that there is only one main cavity of the protein to the interaction. For 18-PF, PF
and LF-B the binding is weak, for t-DCTN the binding is moderate and for PIA, α-lap, BZL,
MTZ and MZ the binding is strong. Circular dichroism results show that upon binding of
samples with the albumin there are no significant perturbations on the secondary structure of
the protein. Theoretical calculations by molecular docking are in full agreement with the
spectroscopic results