This article seeks to investigate the correlation between deaths from Covid-19 in Brazil and the result of the second round of the 2018 presidential election, combining statistical calculations with a critical analysis. It starts from the hypothesis that the denialist speeches and practices defended by President Jair Bolsonaro and his supporters exerted a negative influence on deaths from Covid-19 in Brazil, especially in the federative units and regions where he obtained the highest percentage of votes in the second round of the last presidential election. Methodologically, was used the Pearson Correlation Coefficient, which made it possible to correlate data on deaths by Covid-19 in Brazil between April 2021 and July 2021 with the results of the second round of the 2018 presidential election, showing a correlation between positive and very high in the federative units and regions where President Jair Bolsonaro obtained the highest percentage of votes. From a theoretical point of view, the concepts of “biopower” and “banality of evil” were chosen as the axis for critical analysis. In the end, it was concluded that the denialist speeches and practices defended by President Jair Bolsonaro and his followers, as well as the decisions taken by the Federal Government, contributed significantly to the trivialization and worsening of deaths by Covid-19 in Brazil, in addition to sponsor the institutionalization of a “biopolitics of involuntary extermination” of the population, thus demonstrating that when political decisions assume denialism as a foundation, especially in relevant cases linked to public health, the consequences are harmful, assuming a negative character lethal.O presente artigo busca investigar a correlação entre as mortes por Covid-19 no Brasil e o resultado do segundo turno da eleição presidencial de 2018, conjugando os cálculos estatísticos com uma análise crítica. Parte-se da hipótese de que os discursos e práticas negacionistas defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, exerceram uma influência negativa nas mortes por Covid-19 no Brasil, sobretudo, nas unidades federativas e regiões em que ele obteve o maior percentual de votos no segundo turno da última eleição presidencial. Metodologicamente, utilizou-se o Coeficiente de Correlação de Pearson, que permitiu correlacionar os dados das mortes por Covid-19 no Brasil entre abril de 2021 a julho de 2021 com os resultados do segundo turno da eleição presidencial de 2018, constatando-se uma correlação entre positiva e muito alta nas unidades federativas e regiões em que o presidente Jair Bolsonaro obteve maiores percentuais de voto. Do ponto de vista teórico, elegeu-se como eixo para análise crítica os conceitos de “biopoder” e de “banalidade do mal”. Ao final, concluiu-se que os discursos e práticas negacionistas defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores, bem como as decisões tomadas pelo Governo Federal, contribuíram de forma significativa para a banalização e agravamento das mortes por Covid-19 no Brasil, além de patrocinar a institucionalização de uma “biopolítica de extermínio involuntário” da população, demonstrando, com isso, que quando decisões políticas assumem o negacionismo por fundamento, principalmente em casos relevantes e ligados a saúde pública, as consequências são nefastas, assumindo, inclusive, um caráter letal
