Criar uma idiocultura para promover o desenvolvimento de crianças com paralisia cerebral

Abstract

This study presents the preliminary results of the adaptation of an educational system called the Fifth Dimension (5D), in which social interaction is a means for generalizing information and a basis for the development of skills beyond the constituent tasks. Originally created by Michael Cole - Laboratory for Comparative Human Cognition at the University of California at San Diego (UCSD) - this system was, for the first time, applied to a rehabilitation setting with children with brain injury, at the SARAH Network of Neurorehabilitation Hospitals, in Brazil. Undergraduate college students majoring in psychology and education participate in the program and interact with children who have cerebral palsy, engaging in playful/educational activities of collaborative learning. While interacting with the child, the student is encouraged to put formal theoretical concepts and personal experience into practice. In this article, we describe the changes made to the original program to adapt it to the rehabilitation setting as well as the artefacts that mediate the activity, necessary for the interaction and expression of the child with cerebral palsy. Also discussed and presented are the effects of the activity on the child's development - based on the parents' reports - and the impact on the learning process of the undergraduate students. The program opens alternative pathways for a reflection on, and education of, the child with brain injury, based on the development of individual potential, context and interests.Este estudo apresenta os resultados preliminares da adaptação de um sistema educacional, chamado Quinta Dimensão, no qual a interação social é um meio para a generalização da informação e base para o desenvolvimento de habilidades. Foi criado originalmente por Michael Cole no Laboratório de Cognição Humana Comparada, Universidade da Califórnia, San Diego, e pela primeira vez é aplicado em um contexto de reabilitação com crianças com lesão cerebral na Rede SARAH de Neurorreabilitação, Brasília. Alunos de graduação em psicologia e pedagogia participam do programa e interagem de maneira lúdica e educativa com crianças com paralisia cerebral. Ambos são envolvidos em atividades de aprendizagem colaborativa. Na interação com a criança, os alunos são encorajados a colocar em prática conceitos teóricos formais e, também, vivências individuais. Resultados indicam efeitos positivos sobre o desenvolvimento da criança e aprendizagem do aluno de graduação e mostram caminhos alternativos na educação da criança deficiente. Neste artigo, descrevemos as alterações feitas no programa original para adaptá-lo à reabilitação configurada, assim como os artefatos que medeiam a atividade, necessário para a interação e expressão da criança com paralisia cerebral. Também são discutidos e apresentados os efeitos da atividade sobre o desenvolvimento da criança - com base em relatórios dos pais - e do impacto sobre o processo de aprendizagem dos alunos de graduação. O programa abre caminhos alternativos para uma reflexão sobre e educação da criança com lesão cerebral, com base no desenvolvimento do potencial individual, o contexto e os interesses

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