Comparative study of medical consultation time in a specialist outpatient service before and after of implantation of electronic patient record system.

Abstract

Antecedentes: a implantação de um prontuário eletrônico se associa a um custo elevado de capturar de dados que pode inviabilizar seu uso devido à pressão imposta no tempo do médico para desenvolver as atividades do cuidado do paciente. Entende-se o desempenho do prontuário eletrônico sobre a duração da consulta médica como uma barreira para o sucesso da implantação. A duração da consulta médica está associada a outros parâmetros relacionados ao paciente e ao médico, assim como às medidas de resultados da qualidade do cuidado do paciente. Objetivo: mensurar o efeito do prontuário eletrônico sobre a duração da consulta médica. Materiais e Método: delineou-se uma série temporal interrompida curta da duração da consulta, e variáveis associadas ao agendamento, de três ambulatórios de especialidades não equivalentes do Hospital São Paulo. Seguiu-se um ambulatório que já tinha implantado (A), um segundo foi observado com e sem intervenção (B) e um terceiro que não implantou (C). A série foi analisada pelo método dos mínimos quadrados ordinários, além de estudar estacionariedade e autocorrelação. Também foi realizada análise de sensibilidade comparando distribuição e média através de um estudo antes e depois e análise do tamanho da amostra. A análise estatística foi realizada com 5% de significância. Resultados principais: a média da duração da consulta (23,8 a 67,1 min) se localizou no quartil superior quando comparada com os achados da literatura. O estudo da série temporal mostrou que todos os ambulatórios só apresentam significância estatística para o intercepto, sendo a autocorrelação muito débil ou débil (-0,02 a 0,25) e podendo ser estas não-estacionárias, mas para o estudo de uma variável simplificada da duração todas as séries apresentam-se estacionárias. Não há evidência estatística de um efeito da implantação do prontuário eletrônico sobre a duração da consulta médica. Outros eventos concorrentes podem confundir o efeito individual da intervenção. Conclusões: este trabalho aporta evidência de que a implantação do prontuário eletrônico não afeta a média da duração de consulta. Sugere-se novos estudos baseados em séries com mais covariáveis e estudo das situações extremas. É necessário considerar a realização de pesquisa qualitativa, como fenomenologia e pesquisa-ação, para estudar a pressão do tempo médico.TED

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