Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Artes, Programa de Pós-Graduação em Arte, 2020.Este trabalho lança um olhar para o funk na escola, sob o prisma da dança. O recorte estudado é o das crianças que gostam do ritmo funk e o dançam no espaço da Escola Municipal de Educação Integral - EMEI Monteiro Lobato. Tem-se como objetivo refletir sobre os significados dessa modalidade de expressão corporal para os alunos da instituição de ensino, além do intuito de apontar para a necessidade da valorização dos saberes que surgem da prática dançante. A abordagem metodológica utilizada para esta pesquisa foi do tipo qualitativa, com características de estudo de caso. No que se refere aos grupos pesquisados, são estudantes na faixa etária de 9 a 11 anos, de turmas do 4o e 5o ano da referida escola e professores. Trago para esse diálogo o aporte teórico de sociólogos, antropólogos, filósofos e educadores como Pierre Bourdieu, Moniz Sodré, Paulo Freire, Márcia Tiburi, Isabel Marques, Márcia Strazzacappa, Hermano Vianna, Adriana Facina, dentre outros. Com isso, pretendo contribuir com reflexões que favoreçam a ampliação do conhecimento sobre o ato de dançar funk na escola em uma perspectiva que prima pelo olhar mais afetuoso para uma manifestação popular duramente criticada em nossa sociedade.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).This work investigates funk music at school, from the perspective of its dance. The study
focuses on children who like and dance the Rythm in the space of the Escola Municipal
de Educação Integral - EMEI Monteiro Lobato. The objective is to reflect on the
meanings of this modality of corporal expression for the students. In addition, I aim to
point out the need for valuing the knowledge that comes from such dancing practice. The
methodological approach used for this research was qualitative, with case study
characteristics. Concerning the researched groups, they are students in the age group of 9
to 11 years old, from classes of the 4th and 5th grades of that school, and teachers. I bring
to this dialogue the contribution of sociologists, anthropologists, philosophers, and
educators such as Pierre Bourdieu, Moniz Sodré, Paulo Freire, Márcia Tiburi, Isabel
Marques, Márcia Strazzacappa, Hermanno Vianna, Adriana Facina, among others.
Finally, I intend to contribute with reflections that favor the expansion of the knowledge
about the act of dancing funk in the school in an affectionate perspective towards this
popular manifestation severely criticized in our society