The Impact of Stigmatizing Experiences and Self-Stigma on Mental Health and Suicidal Behavior: Results from the Community of Portuguese Language Countries

Abstract

This dissertation in Clinical and Health Psychology is presented in a scientific article format and aims to assess stigmatizing experiences, self-stigma, mental health, and suicidal behavior, comparing differences between countries of residence. Literature demonstrates that stigma and, more specifically, self-stigma have a major impact on people’s lives, namely on their mental health and quality of life. People who have self-stigma endorse negative stereotypes about themselves, which may aggravate mental disorders and/or suicidal thoughts and, eventually, attempts. A sample of 1006 participants were asked to answer a sociodemographic questionnaire, the Portuguese version of the Brief Symptom Inventory-18 (BSI-18), the Suicidal Behaviours Questionnaire-Revised (SBQ-R) and the Paradox of Self-Stigma scale (PaSS-24). It was possible to conclude that participants with higher levels of self-stigma and stigmatizing experiences presented significantly higher mental health issues and suicidal behavior. Furthermore, mental health issues and suicidal behavior were positively correlated with self-stigma. Hierarchical regression analyses showed that sociodemographic variables, number of stigmatizing experiences, and self-stigma explained 25.3% of the variability in mental health issues while sociodemographic variables, number of stigmatizing experiences, and self-stigma explained 13.5% of the variability in suicidal behavior. These investigation offers an important contribution to understanding to the knowledge regarding the relationship between stigma, mental health and suicidal behavior and how important is to address stigma in our communities in order to reduce its impact.Introdução O estigma foi descrito pela primeira vez como um atributo que desacredita um indivíduo da sociedade, diminuindo a pessoa. As pessoas que têm auto-estigma acreditam em estereótipos negativos sobre si mesmas, o que leva a reações negativas e sentimentos de vergonha. O auto-estigma afeta a saúde geral, especialmente a saúde mental, a qualidade de vida e pode levar a baixa autoestima e baixa autoeficácia, sendo considerado uma grande barreira quando se trata de procurar ajuda de profissionais de saúde mental. Existem vários estudos que abordam os efeitos do auto-estigma em pessoas com doença mental assim estudos que abordam como o auto-estigma afeta a procura de tratamento e adesão à terapia e medicação. Além disso, o auto-estigma pode ainda ser visto como um fator de risco para o suicídio, uma vez que algumas das suas consequências (vergonha, desesperança, isolamento social e baixa autoestima) também são fatores de risco para o suicídio. Por fim, a relação entre estigma e auto-estigma e doença mental é recíproca, o que significa que, embora o estigma possa ter efeitos na saúde mental, as pessoas que já têm doença mental têm também mais probabilidades de sofrer de estigma e auto-estigma. Metodologia Responderam ao inquérito 1006 participantes de Portugal, Brasil e Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), 424 homens e 576 mulheres, com idades compreendidas entre os 18 e os 80 anos (média=41,76; DP=14,19). Os critérios de inclusão foram ter 18 anos ou mais, falar português e residir na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Os instrumentos de medida incluíram um questionário sociodemográfico, o Brief Symptom Inventory-18 (BSI-18), a versão portuguesa do Suicidal Behaviors Questionnaire-Revised (SBQ-R) e a escala Paradox of Self-Stigma (PaSS-24). Resultados Os resultados demonstraram que mais de metade dos participantes (53.7%) reportaram que já sofrerem experiências estigmatizantes. Para além disso, os resultados mostraram que participantes com níveis mais altos de auto-estigma e experiências estigmatizantes apresentaram problemas de saúde mental e comportamento suicida significativamente maiores. Análises correlacionais mostraram correlações significativas entre saúde mental e variáveis suicidas e variáveis de autoestigma. As análises de regressão mostraram que variáveis sociodemográficas, número de experiências estigmatizantes e auto-estigma explicaram 25,3% dos problemas de saúde mental e variáveis sociodemográficas, número de experiências estigmatizantes e auto-estigma explicaram 13,5% do comportamento suicida. Discussão/Conclusões Este estudo foi uma importante contribuição para o conhecimento sobre a relação entre estigma e saúde mental. O auto-estigma tem um impacto negativo na saúde mental e no comportamento suicida, e seria interessante os governos iniciarem campanhas de promoção da saúde mental e campanhas de prevenção do suicídio cujo objetivo central seria mitigação do estigma e otimização da qualidade de vida das pessoas

    Similar works