Treinamento de força com pré-ativação muscular antagonista em idosos : um ensaio clínico controlado e randomizado

Abstract

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, 2020.O estudo teve como objetivo verificar e comparar os efeitos do treinamento de força (TF) controlado com pré-ativação muscular antagonista (TF1) e sem pré-ativação antagonista (TF2), durante 16 sessões, sobre a força muscular de membros inferiores e no desempenho funcional em idosos sedentários. Métodos: Foram selecionados 56 idosos, de ambos os sexos, com média de 66,5 ± 4,5 anos. Os participantes foram divididos em 3 grupos: TF1 n=17, TF2 n=18 e GC n=21. Para verificar as características demográficas, foram mensurados o índice de massa corpórea (IMC), percentual de gordura (%G). E para verificar a força de membros inferiores e desempenho funcional, foram realizados os testes de força de 1 repetição máxima do quadríceps femoral (FQF), de sentar e levantar na cadeira, o Timed Up and Go (TUG) e a caminhada de seis minutos (TC6). Resultados: O teste de 1RM não foram encontradas diferenças estaticamente significativa intergrupo no momento pré-intervenção, porém no momento pós-intervenção foram encontradas diferenças estatísticas significativas intergrupo. Os grupos TF1 e TF2 apresentaram valores significativamente maiores no teste 1RM quando comparados com o GC (TF1pré vs TF1pós – T = -3,746, p<0,001; TF2pré vs TF2pós - T = -3,537, p<0,001; GCpré vs GCpós - T = -3,753, p<0,001). Os grupos apresentaram diferenças estatisticamente significativas no momento pós-intervenção, foi verificada diferença estatística significativa entre o grupo TF2 e GC TF2 e GC (H(2)= 6,276, p = 0,04 | U=96,5; z=-2,410, p=0,016). O TF1 não se diferenciou do TF2 e do GC. Para o teste sentar e alcançar, no momento pós-intervenção apresentaram mediana superiores e com diferença estatística significante (TF1pré vs TF1pós – T = -3,337, p<0,001); TF2pré vs TF2pós - T = -2,442, p=0,015) ; GCpré vs GCpós - T = -2,935, p=0,003). Para o teste de 6 minutos, na análise intergrupo, os grupos apresentaram diferenças estatisticamente significativas no momento pré-intervenção, ou seja, os grupos eram diferentes. Discussão: O estudo verificou os efeitos do treinamento de força com pré-ativação muscular antagonista na força muscular e no desempenho funcional em idosos. Nossa hipótese pode ser confirmada por meio dos testes de força e funcionais. Como já era esperado, o treinamento sem ativação também melhorou a força e o desempenho em testes funcionais, entretanto para as variáveis 1RM e TUG o TF2 mostrou-se melhor que o TF1. Conclusão: O treinamento de força com pré-ativação muscular antagonista em idosos melhora a força muscular e o desempenho funcional.The study aimed to verify and compare the effects of strength training (TF) controlled with antagonist muscle pre-activation (TF1) and without antagonist pre-activation (TF2), during 16 sessions, on the muscle strength of lower limbs and on functional performance in sedentary elderly. Methods: 56 elderly people of both sexes were selected, with a mean of 66.5 ± 4.5 years. Participants were divided into 3 groups: TF1 n = 17, TF2 n = 18 and CG n = 21. To verify the demographic characteristics, the body mass index (BMI), fat percentage (% F) were measured. And to verify the strength of the lower limbs and functional performance, the tests of strength of 1 maximum repetition of the quadriceps femoris (FQF), of sitting and standing on the chair, the Timed Up and Go (TUG) and the six-minute walk were performed. (6MWT). Results: The 1RM test did not find any statistically significant intergroup differences in the pre-intervention moment, however, in the post-intervention moment, significant intergroup statistical differences were found. The TF1 and TF2 groups showed significantly higher values in the 1RM test when compared to the CG (TF1pre vs TF1post - T = -3.746, p <0.001; TF2pre vs TF2post - T = -3.537, p <0.001; GCpre vs GCpost - T = -3.753, p <0.001). The groups showed statistically significant differences in the post-intervention moment, a statistically significant difference was found between the TF2 and GC TF2 and GC groups (H (2) = 6.276, p = 0.04 | U = 96.5; z = -2.410 , p = 0.016). TF1 was not different from TF2 and GC. For the test to sit and reach, in the post-intervention moment they presented higher medians and with statistically significant difference (TF1 pre vs TF1 post - T = -3.337, p <0.001); TF2pre vs TF2post - T = -2.442, p = 0.015); GC pre vs GC post - T = -2.935, p = 0.003). For the 6-minute test, in the intergroup analysis, the groups showed statistically significant differences in the pre-intervention moment, that is, the groups were different. Discussion: The study verified the effects of strength training with antagonistic muscle pre-activation on muscle strength and functional performance in the elderly. Our hypothesis can be confirmed through strength and functional tests. As expected, training without activation also improved strength and performance in functional tests, however for variables 1RM and TUG, TF2 was better than TF1. Conclusion: Strength training with antagonistic muscle pre-activation in the elderly improves muscle strength and functional performance

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