Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Departamento de Economia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Econômicas, 2019.Esta dissertação analisa o processo que levou à independência do Brasil em 1822 e o processo posterior de estabilização da nova nação. Para analisar o período construímos uma narrativa analítica aplicando um arcabouço que enfatiza a interrelação entre instituições e crenças. Tratamos a chegada da família real em 1808 e as reformas subsequentes como um choque que levou à emergência da crença em um Brasil autônomo. Entendemos a independência brasileira como uma critical transition que aconteceu quando a crença da elite política brasileira em autonomia sem independência foi posta em xeque pelas ações das cortes gerais portuguesas. Tais ações antibrasileiras implicaram que as instituições vigentes não gerariam os resultados esperados e portanto uma mudança substancial, i.e. independência, era necessária. Mas, independentemente da mudança nas instituições políticas, o status quo econômico e social não mudaram, um exemplo de quão persistentes são as instituições.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).This dissertation analyzes the process that led to the independence of Brazil in 1822 and
the posterior process of stabilization of the new nation. Our analysis is guided by the
literature on the co-evolution between institutions and culture. In particular, we build
an analytical narrative applying a framework that emphasizes the interrelation between
institutions and beliefs. The arrival of the Portuguese royal family in 1808 and the subsequent
reforms led to the emergence of the belief in an autonomous Brazil but that held
formal links with Portugal. Brazilian independence can be understood as a critical transition
that happened when the belief of the Brazilian political elite on autonomy without
independence was put in check by the actions of the Portuguese Cortes. This implied
that the institutions in place would not generate the expected outcomes and therefore a
substantial change, i. e. independence, was necessary. But, regardless of the changes in
the political institutions, the economic and social status quo did not change, an example
of how stick institutions are
