Das descrições de Charcot à compreensão atual dos sintomas neuropsiquiátricos na esclerose múltipla

Abstract

Os distúrbios neuropsiquiátricos na esclerose múltipla são conhecidos desde a descrição clínico-patológica original de Charcot no final do século XIX. Charcot nas últimas décadas de sua vida se envolveu no campo da neuropsiquiatria. Isso produziu uma batalha de escolas rivais na época que ainda ecoa até hoje. A intuição de Charcot, incluindo a linha de pensamento de Babinski, um de seus discípulos mais famosos, foi a teoria correta da conexão entre os transtornos do humor e muitas das doenças do sistema nervoso. A preocupação da Medicina em estabelecer uma relação entre transtornos do humor e doenças vem das idades antiga e média, com referências encontradas na doutrina hipocrática. No entanto, foi apenas na segunda metade do século XIX e início do século XX que, com as descobertas de Charcot essa discussão foi realizada de maneira estruturada, estabelecendo os fundamentos da neuropsiquiatria.Neuropsychiatric disorders in multiple sclerosis have been known since the original clinicopathological description by Charcot in the late nineteenth century. Charcot, in the last decades of his life, became involved in the field of neuropsychiatry. This produced a battle between rival schools in the era that still echoes to this day. Charcot’s intuition, including the line of thought of Babinski, one of his most famous disciples, was that there was a connection between mood disorders and many of the diseases of the nervous system. Medicine’s concern with establishing a relationship between mood disorders and disease stems from the ancient and middle ages with references found in the Hippocratic doctrine. However, it was only in the second half of the nineteenth and early twentieth century, with Charcot’s discoveries, that this discussion was established in a structured way, laying the foundations of neuropsychiatry

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