Quais são os fatores de risco para readmissão em pacientes com ileostomia?

Abstract

OBJETIVO: o objetivo deste estudo foi identificar os fatores de risco para readmissão em pacientes submetidos à cirurgia colorretal. MÉTODOS: um banco de dados de avaliação da qualidade colorretal em um único centro foi consultado para pacientes submetidos à procedimentos colorretais com ileostomia em 2009. A amostra foi dividida em readmitidos versus não readmitidos. A readmissão foi definida como a admissão dentro dos primeiros 30 dias após o procedimento índice. os grupos foram comparados em relação à características pré, intra e pós-operatórias. A análise multivariada foi realizada para identificar os fatores de risco para readmissão. RESULTADOS: a consulta identificou 496 pacientes, [267 (54%) do sexo masculino, idade média de 48 anos (VIQ: 34 -60)]. oitenta e três (17%) foram readmitidos; 296 pacientes (60%) foram operados por doença inflamatória intestinal, 89 (18%) por câncer, 16 (3%) por doença diverticular e 95 (19%) devido a outro diagnóstico. os três procedimentos mais comuns foram proctocolectomia total com anastomose anal e bolsa ileal (IPAA) em 103 pacientes (21%), colectomia total com ileostomia final em 117 (24%) e ressecções do intestino delgado (incluindo a remoção de fístula enterocutânea e excisão da bolsa em J) em 149 (30%). As seguintes variáveis foram significativamente mais comuns em pacientes readmitidos: tabagismo atual (24 % vs. 14%, p = 0,02), TVP/EP pós-operatório (10% vs. 4 %, p = 0,04), infecção da ferida cirúrgica (20 % vs. 10% p = 0,01), sepse (22% vs. 8%, p < 0,001) e infecção de órgão/espaço do sítio cirúrgico (IOSC) (35 % vs. 5%, p < 0,001). A infecção do IOSC pós-operatório foi o único fator independente associado com a readmissão na análise multivariada (p < 0,001). CONCLUSÃO: os cirurgiões colorretais devem estar alertas para IOSC diante de um paciente com ileostomia readmitido após um procedimento colorretal.PURPOSE: the aim of this study was to identify the risk factors for readmission among patients submitted to colorectal surgery. METHODS: a single-center colorectal quality-assessment database was queried for patients undergoing colorectal procedures with ileostomy during 2009. The sample was divided into readmitted vs. non-readmitted. Readmission was defined as admission within the first 30 days after the index procedure. Groups were compared by pre, intra and postoperative characteristics. A multivariate analysis was performed to identify the risk factors for readmission. RESULTS: the query returned 496 patients, [267 (54%) males, median age 48 years (IQR: 34-60)]. Eighty-three (17%) were readmitted; 296 patients (60%), were operated due to inflammatory bowel disease, 89 (18%) for cancer, 16 (3%) for diverticular disease and 95 (19%) for other diagnosis. The three most common procedures were total proctocolectomy with ileal pouch-anal anastomosis (IPAA) in 103 patients (21%), total colectomy with end ileostomy in 117 (24%) and small bowel resections (including enterocutaneous fistula takedown and J-pouch excision) in 149 (30%). The following variables were significantly more common in readmitted patients: current smoking (24% vs. 14%, p = 0.02), postoperative DVT/PE (10% vs. 4%, p = 0.04), wound infection (20% vs. 10% p = 0.01), sepsis (22% vs. 8% p < 0.001) and organ or space surgical site infection (OrgSSI) (35% vs. 5%, p < 0.001). Postoperative OrgSSI was the only independent factor associated with readmission in a multivariate analysis (p < 0.001). CONCLUSION: colorectal surgeons should be alert for OrgSSI when facing an ileostomy patient readmitted after a colorectal procedure

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