Intervenção em alexitimia na Doença de Parkinson e impacto no reconhecimento de emoções faciais

Abstract

Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Processos Psicológicos Básicos, Programa de Pós-Graduação em Ciências do Comportamento, 2018.A doença de Parkinson (DP) apresenta entre seus sintomas não motores a alexitimia, caracterizada como a dificuldade na identificação de emoções, distinção de emoções e sensação corporal de excitação emocional, dificuldade na descrição de sentimentos para outras pessoas e redução em processos imaginativos, evidenciada por vida fantasiosa pobre. Apresenta correlação com a dificuldade no reconhecimento de emoções faciais, presença de sintomas depressivos e alterações na expressividade facial decorrente da bradicinesia associada a DP. Este trabalho comparou programas de intervenção para a alexitimia em um grupo de indivíduos com diagnóstico de DP, especificamente se intervenções formuladas considerando características da DP teriam melhores resultados. Foi observada melhora quanto a redução em sintomas depressivos, em ambos os grupos, mas o grupo submetido à intervenção especificamente pensada para os sintomas da DP apresentou significativamente menores escores quanto a alexitimia e reconhecimento de emoções faciais. Os resultados obtidos confirmam a relação entre a alexitimia e o reconhecimento de emoções faciais e justifica o uso de intervenções levando-se em consideração características específicas da doença.Parkinson's disease (PD) has alexithymia as one of its non-motor symptoms, characterized as the difficulty in identifying emotions and distinguishing emotions and bodily sensation of emotional arousal, difficulty describing feelings to other people and reduction in imaginative processes. It correlates with the difficulty in recognizing facial emotions, depressive symptoms and changes in facial expression due to bradykinesia associated with PD. This study compared intervention programs for alexithymia in a group of individuals diagnosed with PD, specifically if designed interventions considering characteristics of PD would have better results. We observed reduction of depressive symptoms in both groups, but the intervention group specifically designed for PD symptoms presented significantly lower scores regarding alexithymia and recognition of facial emotions. The results confirm the relationship between alexithymia and the recognition of facial emotions and justifies the use of interventions considering specific characteristics of the disease

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