Dacanal, José Hildebrando

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Lume 5.8

CADERNOS DO IL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE LETRAS Nº 4 NOVEMBRO 1990DACANAL, José Hildebrando u) [2 Q 'a priori! porque é uma assência. A mulher se c e caracteriza como tal na medida em que existe no o os GUAIANÃS: O DERRADEIRO FULGOR DO MUNDO CABOCLO/SERTANEJO   observa o mundo, tendo dificultdade em transpor ras que lhe foram impostas pela sociedade. Enccntra-s se do questionamento, do interrogar-se sobre o que é ww é o No entanto, acreditamos que refletir já é uma forma dq atuar no mundo e por isso Rita está no caminho c Aga e - e ár a! . . . Ena pay E FLS ds ME 7 de Os Guaianã cu grandiosida hor, no início de uma etapa da dialética da reflexão! A saga monumental s, ja g idade épica a coloca, se não acima, pelo menos no mesmo nível que o tempo e o vento e Grande sertão : veredas e faz dela uma das poucas obras definitivas e culninantes de toda a ficção brasileira, ôferece um sem-número de ângulos e tenas a partir dos quais pode ser analisada. é rs BIBLÍOCGRAFIA a Para começar, em sua impressionante criação, Benito Barreto revela-se um verdadeiro artista do idioma, que domina com suprema perfeição, num estilo de beleza poética não raro fascinante e num romance que, se não mostra o lendário Pedro Guaianã escrevendo sua epopéia sangrenta "com a tinta das batalhas ... no papiro agreste das rontanhas de Minas", pelo menos grava para sempre e indelevelrente o nome do autor entre os grandes mestres da língua portuguesa, ao lado de Eça de Queiroz, Machado de Assis, Graciliano Ramos e Guirarães Rosa. Mais do que isto, Benito Barreto revela-se também um mestre Ga narrativa contemporânea, infinitamente superior a celebra- dos autores nacionais e estrangeiros, não raro meros blefes ou de duvidosa qualidade, veiculados e impostos à força pelos meios de comunicação - e, consequentemente, pelo interesse econômico direto e imediato -, os quais tén como alidados a ingenuidade e a ignorância dos "críticos", o oportunismo - compreensível - dos editores e o deslumbramento aparvalhado dos tolos e semianalfabetos num país colonizado. Voltando a Os Guaianãs: evidentemente, não apenas os aspectos formais como a linguagen e a estrutura narrativa forneceriam temas para alentados ensaios. Pelo contrário, é no plano especifico do conteúdo que a obra de Benito Barreto surge como verdadeiramente grandiosa pela extraordinária e multifacetada riqueza temática e por sua indiscutível moder- nidade. Para tanto, basta listar rapidamente algurs dos temas que por sua densidade e novidade se prestarian a longas análises: os vigorosos personagens Alfredo/Pedro Guaianã, João do Vau, dr. Rogério, Venâncio, Sílvio Guaianã e tantos outros, além da impressionante galeria de perfis femininos - talvez Jean Paul. L'étre et le néant. SCEULLER, Donaldo. Chimarrita. Porto Alegre, Movimento, 1985   Mestrando Pós Let UFRGS Prof. Adjunto do Depto. de Letras Clássicas e Vernáculas E do IL - UFRGS 13 12    uma das mais extensas e sem dúvida a mais marcante de toda a ficção brasileira - entre os quais sobressaem os de Matilde, Ester, Dorinha, Maria Clara 'e Helená; o importante: papel desempenhado exatamente por estas mulheres; a posição da Igreja e das igrejas em relação às classes sociais; o papel do Exército; a presença dos elementos míticos-sacrais que caracterizam o hinterland latino-americano e brasileiro; a teoria e a prática das organizações de esquerda na história brasileira; a politização clara e direta da ação de alguns personagens; momento.da ação (março/abril de 1964); o tema do destino e a teia de acontecimentos de que é feita a vida dos indivíduos: em sociedade; a diferenciação entre a costa e o sertão, como retomada da visão euclideana em Os sertões; a importância dos elementos lingúísticos presentes e o uso que deles é feito, em si e em comparação con a ficção brasileira do passado; a ausência de um projeto de ação e luta e o nascimento deste não da teoria de um ativista mas da realidade viva da Historia; a estrutura temporal aberta, que, ao contrário das demais obras do ciclo da nova narrativa épica brasileira (as obras são, além de Os Guaianãs: Grande sertão:veredas, Sargento Getúlio, A pedra do reino, O coronel e o lobiscmem e Chapadão do Bugre), se projeta no tempo e se abre pará o futuro; o conflito ente teoria e ação em Alfre- do/Pedro Guaianã; o quase milagre de construir uma obra explicitamente comprometida em termos político-ideológicos sem que isto venha a afetar minimamente sua qualidade como arte e ficção; e assim por diante, numa lista que poderia esten- der-se por várias páginas. II No entanto, numa visão que reúne todos ou quase todos os temas acima levantados, o que melhor parece definir Os Guaianãs no contexto seja da ficção brasileira como um todo, seja das obras aqui definidas como integrantes do ciclo da nova narrativa épica é seu caráter de simbolo de um processo em que o país ultrapassa sua heterogeneidade estrutural em todos os níveis e, consequentemente, desaparece no horizonte histórico o mundo caboclo/sertanejo; um processo em que se confrontam o arcaico e o moderno (1), daí resultando inape- lavelmente o desaparecimento do primeiro; um processo em que o país tende a superar sua situação de nação culturalmente dependente e colonizada e começa a refletir autonomamente sobre sua própria realidade histórica. No entanto, pode-se argumentar, todas as obras do ciclo da nova narrativa épica têm, pcr definição, no choque entre o mundo arcaico e o mo- derno e no desaparecimento do primeiro seu núcleo fundamental. Evidentemente, isto é inegável. O que porém identifica os Os Guaianãs é, primeiro, a forma clara, direta e quase didática com que esta questão é colocada no texto e, segundo, a presença dos temas da consciência dependente e alienada com relação à realidade histórica e da superação desta condição. Tendo como móvel distante do conflito da ação narrada o 14 pn choque, na década de 40, entre a visão modernizadora, liberada e avançada de um coronel (Sílvio Guaianã) ligado a um núcleo semiurbanizado do nordeste de Minas e os grandes latifundiá- rios da região, retrógrados e arbitrários, Benito Barreto constrói sua saga monumental marcada por alguns elementos básicos perfeitamente identificáveis no enredo. - Em primeiro lugar há uma transparente continuidade entre a linha de ação desenvolvida pelo coronel modernizador no passado e os objetivos da luta assumida por seu filho (Alfredo/Pedro Guaianã) duas décadas depois. Esta luta, porém não coloca diretamente em oposição o mundo caboclo/sertanejo e a costa mas se desenvolve com a interpenetração de ambos num verdadeiro processo de. osmose histórica, do qual, naturalmente,*surge outra realidade, caracterizada, também de forma muito clara, como uma sociedade de classes diferenciadas e compostas, indistintamente, por integrantes de um e de outro dos RE preferidos (inegavelmente, nenhum ficcionista construía a agora uma equação tã i i segunda metade do séc. XXI f Do 95 vá 1i9 [DOREaDo a - Em segundo, ao longo desta homogenei ão - paralela diferenciação de EaD que dela a pr a racionalidade se impõe ao final como valor absoluto e determinante das ações dos dois grupos em luta, e os elementos mítico-sacrais, próprios do mundo arcaico, perdem a função ordenadora - que, inclusive, é apresentada diretamente refe- rida ao poder, como é o caso de Jurabé no passado - que pos- suíam no contexto da sociedade caboclo/sertaneja. 3 Em terceiro, no plano da linguagem Benito Barreto, numa solução original e de extrema coerência, procede à nivelação qualitativa, via mediação do fator ético, das variantes do português, “enfrentando e resolvendo o velho problema dos níveis lingúísticos socialmente diferenciados e diferenciado- res. Esta questão - sempre presente na ficção brasileira, e de maneira particularmente intensa em algumas obras do chamado romance de 30 - se configura pela presença de personagens de grupos sociais inferiores ou não-urbanos que não dominam a chamada norma culta da língua, o que coloca(va) sempre os autores diante do dilema de apresentarem tais personagens falando errado (2) ou caírem na artificialidade de escritores do passado. Como se sabe, no âmbito do romance de 30 a solução pais original e mais radical foi a encontrada por Graciliano amos em São Bernardo, obra em que o protagonista/narrador o caboclo Paulo Honório, mesmo usando uma linguagem que ele Próprio caracteriza de pouco literária, a submete, com total rigor, à gramática da mencionada norma urbana culta. Um a inento que - à parte a explícita ironia de Graciliano. Ee o e na discussão de Paulo Honório com Gondim - não foge Ec p etamente a certa artificialidade, pois não é de todo fora RE mestio perguntar como o cabloco inculto e sem eira nem “a atingiria o domínio de tal sofisticação gramatical e Ê ilística! (5) Seja como for - e não por mera coincidência + º problema só é equacionado de maneira definitiva e 15  inquestionável em algumas obras do ciclo da nova narrativa épica - Grande sertão: veredas (4), O coronel e o lobisomem e Sargento Getúlio -, nas quais os protagonistas/narradores e os mundos por eles narrados são vistos a partir de seus pró- prios valores culturais e lingúísticos. Ora, nesta perspec- tiva, a linguagem utilizada não encontra um terminus compa- rationis - a norma urbana culta, por definição - perante a qual viesse a sofrer a sanção de uma valoração negativa. E o que faz Benito Barreto em Os Guaianãs? “A semelhança do que ocorria tradicionalmente e do que ocorre no romance de 30, ele mantém rígida (5) a separação entre as variantes lingúísticas, utilizando a norma urbana culta e a que se poderia chamar de variante caboclo/sertaneja, esta não raro apresentando conotações próprias de personagem para personagem. No entanto - e este é o ponto fundamental -, através do que chamei de mediação do fator ético, Benito Barreto despoja o - elemento lingúístico de qualquer função de valoração positiva ou negativa, de qualquer função como identificadora de cultura ou incultura, de conhecimento ou de ignorância, de barbárie ou de civilização. Uma solução coerente, inédita e genial. Pois se sicários e heróis, torturados, bandidos abjetos e protótipos da honra da espécie são encontrados, indiferente e indistintamente, em ambos os lados em luta, que importância tem a língua que falam? Absolutamente nenhuma! O que importa e o que de fato diferencia os indivíduos é o fator ético, é a sua dignidade ou moral e política. O resto não conta. Neste sentido, extrapolando a letra mas não o espírito da obra como símbolo de uma época, se poderia perguntar: então, que diferença faz que a homogeneização lingúística se processe com o domínio da variante da costa sobre a do sertão? Nenhuma, é claro, pois não é aí que reside o problema (con razão, aliás, por mais que isto desagrade os que se recusam a ver na lingúística uma área restrita e relativamente desimportante do conhecimento humano). (6) - Em quarto, Alfredo/Pedro Guaianã lança ao mar a carga inútil das teorias assimiladas no mundo da costa e descolo- nizando-se e libertando-se da estéril condição de secun- dariedade (7), própria do ser dependente, reencontra suas raízes, desce ao mundo primitivo de suas origens e dele emerge para a História como herói épico e cidadão da sociedade da qual se alienara. Aliás, este terceiro elemento tem a presença tão incisiva que o caráter esquizóide 48), em termos históri- co-culturais, de Alfredo/Pedro Guaianã resulta, em termos de estrutura narrativa, na estranha divisão do herói em dois personagens claramente diferenciados, a ponto de ambos dialogarem entre si! Coerentemente, a característica esquizói- de desaparece quando Pedro retoma e impõe (a Alfredo e ao próprio autor!) sua identidade, ao final do segundo livro (Capela dos Homens) e no limiar de seu nascimento como herói épico. Em quito lugar, finalmente, mesmo depois do cataclisma que se abate sobre Capela dos Homens a estrutura temporal de « 16 os Guaianâãs - à semelhança do que occrre comumente no romance realista/naturalista tradicional - se abre para o futuro. O fluxo do tempo não pára e no horizonte do amanhã se desenha, panhada pela luz da civilização, da dignidade, da igualdade e até da poesia, a aurora de um novo mundo, de una nova sociedade nascida dos escombros fuzegantes da anterior. Ou melhor, das anteriores, integradas e ao mesmo tempo insumidas no parto sanguinolento que gesta o porvir. III Se, como. foi. dito, o que diferencia o ciclo da nova narrativa épica em relaçao à ficção brasileira anterior é o fato de nela revelar-se como sujeito e não mais como objeto visto de fora - a partir da cultura das cidades da costa - o mundo caboclo/sertanejo, o que caracteriza Os Guaianãs no conjunto das tobras do referido ciclo - além de sua monumen- talidade, de sua abrangência histórica e de sua modernidade temática e técnica - é a interprenetração dos mundos da costa e do sertão, daí resultando, como natural consequência, o projetar-se para o futuro. De fato, na obra de Benito Barreto o encontro destes dois mundos não termina num cataclisma er que o mundo caboclo/ser- tanejo desaparece para sempre - coro ocorre em O coronel eo lolbisomem, S&argento Getúlio e, em parte, Chapadão do Bugre - nem um Compromisso que, de qualquer forma, também o remete para um passado definitivo, irrepetível e quase mítico - no caso de Grande sertão: veredas. Pelo contrário, em Os Guaianãs se desenvolve, segundo já foi dito, um processo de osmose histórica mediada também em sua totalidade - e não apenas lingúísticamente - pelo fator ético, de tal maneira que o verdadeiro conflito nasce do choque entre opressão e liberda- de, barbárie e civilização, arbítrio e justiça, abjeção e dignidade numa sociedade em vias de unificar-se e homogenei- zar-se e na qual os elementos identificadores da heterogenei- dade histórico-cultural tendem a perder qualquer importância. Simbolicamente, Capela dos Homens é o caldeirão fervente em que se misturam o arcaico e o moderno, a costa e o sertão, deles nascendo um país em caminho para o futuro. Politicamente em crise, culturalmente caótico e socialmente injusto mas já unificado, homogêneo e, pelo menos potencialmente, autônomo. Neste sentido, a obra monumental de Benito Barreto resume e encerra o ciclo da nova narrativa épica no Brasil e o faz, etica e politicamente, como uma mensagem de esperança num Possivel amanhã de justiça e dignidade para os pobres e humilhados. E Contudo, historicamente, para o mundo caboclo/sertanejo não haverá amanhã, pois o amanhã não será seu mas - via ho- mogeneização e modernização - da sociedade urbano-industrial e tecnológica construída, independente do sistema político, Sobre a visão de mundo lógico-racional. Antes disso, porém, Pelo gênio sofrido de Benito Barreto, do poente de Capela de Homens, o sol - inexoravelmente o último - o mundo cabo- Clo/sertanejo nos "acena com lenço louro dos bambuais'", num 17    derradeiro fulgor. Heracliteanamente, à beira do rio, à beira da vida, no horizonte da História. NOTAS (1) - Estes valoração positiva ou negativa. Arcaico poderia ser, portanto, sinônino de agrário e pré-industrial, caracterizando comu- nidades voltadas para atividades agrícolas de subsitência, para a pecuária extensiva ou, em certos casos, para o arte- sanato rústico. Moderno seria sinônimo de urbano-industrial e até, cada vez mais, de agro-industrial; enfim, caracteri- zaria as comunidades, não importa se de pequenas vilas ou de magalépolesl, da era industrial. - (2) - O que era totalmente inconveniente e nesmo inviável, pelo nenos em intervenções por demais longas, já que o público leitor e o próprio autor pertenciam, por suposto, ao contexto social em que a língua era regulada pela mencionada norma irbana culta. (3) - cf. “são Bernardo: a súmula do romance de 30", in Dacanal, O romance de 30, Porto Alegre, Mercado Aberto, 1982. (4) - Antes que algum tolo incorrigível, retomando velho e surrado chavão, venha a mencionar - ou a repetir, se já o fez - a influência que Benito Barreto teria sofrido de João Guimarães Rosa, é preciso acentuar que o espaço em que se desenrola a ação das duas obras é a mesma macrorregião geo- gráfica, cultural e lingúistica do mundo caboclo/sertanejo - hoje extinto ou em rápida extinção - do interior brasileiro. E com isto está dito tudo! (5) - Menos no caso do personagem Venâncio, em que os limites não ficam bem claros. Coerentemente, aliás, com sua função "técnica" de sacristão - integrante do mundo "culto" - e sua origem social "inculta”. (6) - Por ser a língua uma óbvia imposição social e histórica (Cf. Dacanal, Linguagem, poder e ensino da lingua, Porto Alegre, Mercado Aberto, 1986), as revoluções modernas - as ocorridas na Rússia, em Cuba, na China, etc. - paradoxalmente promoveram a difusão cada vez mais ampla - via educação das massas - da velha norma culta das classes dirigentes apeadas do poder. E poderia ser diferente? Só mesmo no ingênuo populismo de infantes que querem se fazer passar por lingúís- tas (Cf. Dacanal, id. ib.)! (7) - Sobre o conceito de secundariedade, cf. Dacanal, "A filosofia dos semicolonizados", in Dependência, cultura e 18 jiteratura, São Paulo, Atica, 1978. (8) - Também em Grande sertão: veredas esta divisão existe como elemento fundamental da personalidade do protagonist riobaldo. Contudo, a natureza e a forma como se GEsdEntA Gui diversas. Se em Alfredo/Pedro Guaianã o conflito é entre uSá visão alienada, inadequada ao real, e outra que deste emer com o vigor de uma autenticidade primitiva, em Riobaldo Ea opõem as visões de mundo mítico sacral, ou pré-lógica lógico-racional. É interessante observar, contudo Ri ambos os personagens a superação desta divisão marca o EA ttio da ação épica, a qual, por sua vez, termina na conquista do poder, poder este, aliás, utilizado por cada um dos prota o- nistas para ebjetivos ética e ideologicamente po diferenciados, se não opostos (esta linha de raciocinio permitiria uma análise comparada muito interessante das duas obras). Além disto, os protagonistas percorrem um caninho até certo ponto inverso: enquanto Riobaldo evolui de uma concep ão de mundo pré-racional até a racionalidade, Adfredo/Fedro Guaianã abandona - Ou supera, como se quiser - o estágio d uma racionalidade reflexiva paralisante para he atol Se ] aomundo da açao nascida do e imposta pelo real imediato Interessante também seria analisar as diferentes formas Es que, em termos narrativos, se apresenta esta divisão dos protagonistas de cada uma das obras. Tal, porém, alongari demais esta nota, já demasiado extensa. É dit 19  

Os guaianas : o derradeiro fulgor do mundo caboclo-sertanejo

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