Bueno, Letícia Rossi

Cichelero, Fábio Tremea

Escobar, Gabriela Fortes

Fuchs, Flávio Danni

Gus, Miguel

Moreira, Leila Beltrami

Vianna, Fernanda Farias

Wander, Brenda

Portuguese

Lume 5.8

178 Resumos Temas Livres 700 Frequência dos genótipos da enzima de conversão e do angiotensinogênio, prevalência e fatores relacionados à Hipertensão Arterial em hemodialisados crônicos · MAURO ALVES, LUIZ JOSÉ MARTINS ROMÊO FILHO, JOSÉ MARIO FRANCO DE OLIVEIRA, GERMANO TREIGER. Universidade Federal Fluminense Rio de Janeiro RJ BRASIL Fundamento: A Hipertensão arterial (HA) é de difícil controle nos pacientes hemodialisados (HD), onde é alta a taxa de mortalidade cardiovascular. Maior sobrevida passa por um melhor controle da Pressão Arterial (PA). Anti-hipertensivos e Ultra-Filtração como são realizados não parecem ser formas adequadas de tratamento. Objetivos: 1 a, Estabelecer a prevalência da HA em HD. 2as: 1) Estabelecer quem melhor definiu a HA; 2) Descrever os fatores que mais contribuíram para a HA; 3) Testar a hipótese que os critérios de prescrição da HD utilizados não atingem um controle de PA adequado e 4) Estabelecer a freqüência dos genótipos da enzima conversora (ECA) e do angiotensinogênio (AGT). Delineamento: Foi um estudo multicêntrico, observacional descritivo e analítico, retrospectivo de amostra selecionada e de corte transversal. População: 635 adultos de 5 centros de HD do RJ. Metodologia: Obtidas variáveis clínicas e laboratoriais. A HA foi definida pelo VIl JOINT. Utilizou-se a média da PA pré-diálise na identificação da HA. Os métodos estatísticos foram: Teste de Student, Mann-Whitney, ANOVA, Análise de variância de Kruskai-Wallis, Teste de Qui-quadrado, Coeficiente de correlação de Pearson e Análises multivariadas de regressão. O critério de significância foi de 5%. Resultados: Maior prevalência dos genótipos: DI do gen da ECA (50,4%), MT do gen do AGT (39,1%) e da combinação DI-MT (19%). Prevalência de HA de 73,1%. Quem melhor definiu a HA foi a PAS (41,3%). No Coeficiente de correlação de Pearson o tempo de HD (p=0,0001) e o hematócrito (p=0,0001) obtiveram relação indireta com a PAS pré-diálise. A análise multivariada encontrou como maior probabilidade de ter HA: idade > 52 anos, tempo de HD < 50 meses, sexo masculino, hematócrito <30%, Balanço lnter-Dialítico > 2,35 Kg e uso de drogas anti-hipertensivas, esta última com ODDS RATIO de 5,87%. Conclusão: A HD de curta duração é eficiente para remover uréia, mas ineficiente no controle da HA. 702 Alta prevalência de síndrome das apnéias-hipopnéias obstrutivas do sono em pacientes com hipertensão arterial sistêmica não-controlada. SANDRO C GONÇALVES, DENIS MARTINEZ, MIGUEL GUS, ERLON O A SILVA, CAROLINA BERTOLUCI, ISABEL DUTRA, THAÍS V BRANCHI, FLAVIO D FUCHS. Serviço de Cardiologia, Hospital de Clinicas de Porto Alegre Porto Alegre RS BRASIL Introdução: Até metade dos indivíduos com hipertensão arterial sistêmica (HAS) apresentam síndrome das apnéias-hipopnéias obstrutivas do sono (SAHOS). Em casos de HAS resistente (HR; PAd40/90 com três ou mais drogas corretas) a prevalência de SAHOS pode chegar a 80%. Estudos anteriores não controlaram para má adesão, hipertensão do jaleco branco e hipertensão mascarada, potenciais vieses da associação em foco. No presente trabalho controlou-se para fatores de confusão, confirmando a HR com monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e diagnosticou-se SAHOS por meio de polissonografia portátil (PP). Métodos: Estudaram-se 36 pacientes consecutivos do ambulatório de Hipertensão do HCPA com hipertensão não-controlada (HN), definida por PA de 24 horas > 130/80 mmHg. Submeteram-se a MAPA (Spacelabs 90207) e PP de nível 111 (SomnoCheck, Weinmann, Alemanha). Excluíram-se pacientes com doenças crô-nicas que pudessem interferir no controle da PA e adesão inadequada ao tratamento da hipertensão. Resultados: A proporção de pacientes com índice de apnéias e hipopnéias (IA H) maior que 10 AH/hora nos pacientes com HN foi 56%. O IAH correlacionou-se significativamente com a PA sistólica (r= 0.221; p= 0.041) e diastólica (r= 0.259; p= 0.016). Em modelo de regressão linear múltipla passo a passo, a única variável incluída no modelo para explicar PA sistólica (p= 0.041) e diastólica (p= 0.025) foi o IAH, controlando-se para idade, gênero e índice de massa corporal. Conclusão: Este é o primeiro estudo a empregar MAPA e polissonografia portátil para avaliar a associação de SAHOS com hipertensão não-controlada. Os achados deste estudo confirmam a associação de SAHOS e HR, que mesmo sendo de menor magnitude do que a descrita anteriormente, enfatizam a necessi-dade de se excluir SAHOS em pacientes com hipertensão não-controlada. Arquivos Brasileiros de Cardiologia- Volume 87, Suplemento I, Outubro 2006 701 Resultados imediatos e evolução intra-hospitalar após intervenção percutânea de artéria! renal. RICARDO TRAJANO SANDOVAL PEIXOTO, EDISON C S PEIXOTO, ANGELO L TEDESCHI, RODRIGO T S PEIXOTO, MARIO SALLES NETTO, PAULO S OLIVEI-RA, MARCELLO A SENA, PIERRE LABRUNIE, RONALDO A VILLELA, BERNARDO K D GONÇALVES. Cinecor 4° Centenário Rio de Janeiro RJ BRASIL e Hospital Procordis Niterói RJ BRASIL. Fundamento: Não está estabelecido se o stent deve ser implantado na totalidade dos casos de intervenção percutânea de artéria renal (I PAR), sendo obrigatório na lesão de óstio de artéria renal. Objetivo: Avaliar características clínicas e angiográficas, resultados imediatos e evolução intra-hospitalar nos procedimentos (proc) de I PAR. Delineamento: Análise retrospectiva do banco de dados de I PAR. Paciente ou Material: Realizou-se 74 proc. O Grupo Antigo (GA), com 25 proc de 1981 a 1992 e o Grupo Novo (GN), de 1993 a 2005, com 49 proc. Métodos: No GA, ainda não estava disponível o stent para IPAR e no GN foi usado balão e/ou stent. Resultados: Encontrou-se no GA e GN: idade 45,8± 17,4 e 64,1 ± 16,2 (p<0,0001) anos; sexo feminino 13 (52,0%) e 23 (46,9%), (p=0,6803); etiologia aterosclerótica (EA) 17 (68,0%) e 43 (87,8%); displasia fibromuscular (DFM) 7 (28%) e 5 (10,2%) e arterite de Takayasu 1 (4%) e 1 (2,0%), (p=0,1185); doença unilateral 21 (84,0%) e 37 (75,5%), (p=0,4876), localização ostia14 (16,0%) e 23 (46,9%), (p=0,0073) e sucesso técnico (SucT) em 21 (84,0%) e 48 (97,9%), (p=0,0417). No GA, utilizou-se balão em 24 (96,0%) proc e no GN, balão em 13 (26,5%) e stent em 35 (71 ,4 %) e em 1 proc de cada grupo não foi utilizado balão ou stent. Pré-proc a pressão arterial (PA) sistólica era semelhante nos GA e GN: 184±33 e 172 ±37 mmHg (p=0,2036) e a diastólica menor no GN: 111± 18 e 98±20 mmHg (p=0,0066) e pós-proc a sistólica foi semelhante em ambos os grupos, 142±22 e 143±23 mmHg(p=0,8510) e a diastólica menor no GN 89± 13 e 82 ± 12 mmHg (p=0,0093). Na EA e na DFM, a queda da PA pós-proc, a PA pré e pós-proc foi semelhante. Conclusões: O GA era mais jovem, havia porcentual mais elevado de lesão ostial no GN e não houve diferença para as demais características. Houve significativa queda da PA pós-proc em ambos os grupos estudados, com . maior SucT no GN, onde não houve insucesso em lesão ostial, certamente em função do uso de stents. 703 Incidência de perda de função renal em pacientes hipertensos atendidos em ambulatório de referência. MIGUEL GUS, BRENDA WANDER, FÁBIO TREMEA CICHELERO, FERNANDA FARIAS VIANNA, GABRIELA FORTES ESCOBAR, LETÍCIA ROSSI BUENO, LEI LA BELTRAMI MOREIRA, fLAVIO DANNI FUCHS. Serviço de Cardiologia, HCPA Porto Alegre RS BRASIL Fundamendação: A associação entre hipertensão arterial (HAS) e perda de função renal (FR) é descrita em estudos de coorte e ensaios clínicos, mas só raramente em contexto de atendimento ambulatorial. Objetivos: Avaliar a incidência de perda de FR em pacientes hipertensos sob atendimento ambulatorial. Delineamento: coorte retrospectiva Pacientes: De uma amostra de 1427 pacientes avaliados em ambulatório de HAS identificaram-se 536 pacientes com aferição de níveis séricos de creatinina na avaliação inicial e no seguimento. Excluíram-se pacientes com valor inicial maior que 2 mg/dl. Métodos: Os pacientes foram submetidos a avaliação basal, com protocolo validado e aferição padronizada de pressão arterial e acompanhados em consultas periódicas, sob tratamento orientado por diretrizes. A perda d~ FR foi definida como a duplicação da creatinina em relação à basal. -Resultados: Os pacientes estudados tinham 53,3 ± 12,2 anos na avaliação inicial, sendo 71 ,7% mulheres, 80,7% de cor branca, 12,8% diabéticos e 15,2% fumantes. No total, 5 (1 ,0%) pacientes tiveram a creatinina s'érica duplicada durante seguimento médio de 62 meses ± 44 meses (máximo de 189 meses), correspondendo a incidência de densidade de 2/1 000/ano. A idade e a pressão sistólica (PS) na avaliação inicial dos indivíduos que duplicaram a creatinina eram maiores (65,0 ± ,8,3 versus 53,3 ± 12,3 anos e 169,2 ± 27,6 versus 160,0 ± 25,3 mmHg). A baixa incidência de casos impediu a identificação de fatores de risco independentes para perda de FR. Conclusões: A incidência de perda de FR nesta coorte foi menor que a descrita em estudos populacionais e em ensaios clínicos, demonstrando ser um evento infreqüente em contexto ambulatorial. Apesar do baixo poder, detectou-se PS como fator associado destacando a importância de seu controle. 

Incidência de perda de função renal em pacientes hipertensos atendidos em ambulatório de referência

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Incidência de perda de função renal em pacientes hipertensos atendidos em ambulatório de referência

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